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Despedimento colectivo no aeroporto de Lisboa é «nulo», diz SIESI

O sindicato afirma que a SICMAN, empresa da Siemens que assegura o tratamento de bagagens, quer despedir 42 trabalhadores, alegando redução de operação na sequência do surto epidémico de Covid-19.

Créditos / NiT

Segundo comunicado do Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI/CGTP-IN), a sua comissão sindical foi formalmente informada pela SICMAN, na passada sexta-feira, da intenção de despedir 42 dos 120 trabalhadores que asseguram toda a operação no sistema de tratamento de bagagens, no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

O anúncio deixou os trabalhadores surpreendidos, tanto mais que a empresa não recorreu ao lay-off ou a outro tipo de apoio quando a actividade do aeroporto era praticamente inexistente. Por outro lado, o SIESI estranha que a empresa justifique o despedimento de quase 50% da sua força de trabalho numa altura em que há uma retoma considerável dos voos e «a TAP anuncia acréscimos de 300%». 

O SIESI, que tem reunião marcada com a empresa na próxima segunda-feira, diz que o processo de despedimento é «nulo», já que «tem muita informação incorrecta e não respeitou os prazos legais».

Relativamente à SICMAN, afirma que nasceu para ser utilizada «exclusivamente» como «uma fuga à contratação de trabalhadores efectivos para os quadros da ANA e depois da, então, Siemens, SA e posteriormente Siemens Logistics, Lda». 

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