|Orçamento do Estado

Bruxelas mantém pressão sobre o orçamento português

O Presidente da República já veio dizer que, perante estas restrições da Comissão Europeia, o Governo do PS tem a «tarefa facilitada» naquilo que será o desenho do Orçamento do Estado para 2020.

Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia
CréditosOlivier Hoslet / EPA

A Comissão Europeia (CE) voltou à carga sobre o projecto de plano orçamental português para 2020, que, segundo a instituição, apresenta «um risco de incumprimento do Pacto de Estabilidade e Crescimento», e exigiu ao Governo que actualize estes elementos «o mais brevemente possível».

Para além de Portugal, há outros países a ser pressionados pela CE por causa dos seus orçamentos, como são a Bélgica, a Espanha, a França, a Itália, a Eslovénia, a Eslováquia e a Finlândia.


O Presidente da República já veio mostrar o seu acordo com as pressões que o País sofre por parte de Bruxelas, e afirmou ainda que o alerta repetido por parte da CE sobre o plano orçamental português para 2020 vem facilitar objectivamente «a tarefa do Governo nas negociações no Parlamento» para a aprovação do Orçamento do Estado.

As exigências comunitárias em causa determinam limitações orçamentais que impedem, entre outras questões, o aprofundamento necessário e urgente do investimento público em múltiplos sectores.

As novas pressões anunciadas esta quarta-feira sucedem-se às realizadas há cerca de um mês, ainda o novo Governo eleito não tinha tomado posse, quando a CE veio exigir ao Executivo que actualizasse o projecto orçamental para 2020 «tão cedo quanto possível», no sentido de o colocar «em linha» com as regras orçamentais europeias, em matéria de saldo estrutural e de dívida pública.

Na altura, o «puxão de orelhas» ao Executivo assentava no facto de este prever um crescimento da despesa pública na ordem dos 3,9% o qual, segundo os avaliadores comunitários, excedia «o aumento máximo recomendado de 1,5%».

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