Numa parceria entre a Câmara Municipal do Seixal e a plataforma Afrikanism Art, a mostra «ultrapassa os limites da estética e apela a uma urgente reflexão sobre a realidade dolorosa de civilizações em permanente miséria e desespero», lê-se na apresentação.
Os trabalhos reunidos nesta exposição «criam um lugar de denúncia e de reflexão com claras preocupações sociais, políticas e religiosas», colocando a ênfase «nas migrações e na exploração de mão-de-obra barata, que remete para uma nova "escravatura" a nível global que parece ser uma condição humana que ainda não encontrou o seu justo término», refere um comunicado da Câmara do Seixal.
Nascido em Lisboa em 1980, Rómulo Santa Rita tem origem portuguesa, angolana e moçambicana. Autodidacta, mudou-se para Luanda em 2011, onde aprofundou a reflexão sobre o que viriam a ser as suas intervenções urbanas, enquanto expressão de vida e pensamento. Numa técnica definida como «paper street art», o artista elabora composições a partir de materiais alternativos, como cartão, livros com manchas de tinta acrílica e guache, revistas e papel, «que escrutina atentamente de acordo com os temas políticos, sociais e culturais que pretende abordar».
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