No projecto que Cláudia Dias desenvolve desde 2016, cada peça recebe o nome de um dos sete dias da semana, seguido de um subtítulo. Em Quinta-Feira: Abracadabra, segundo a apresentação oficial, a coreógrafa e a artista basca Idoia Zabaleta dão novos usos a palavras gastas.
«Partem do zero para voltar a combinar com as pessoas presentes os significados mínimos de cada palavra. Paz, pão, trabalho, educação querem dizer o quê, mais propriamente?», lê-se no texto.
Demonstrando a verdadeira relação entre as coisas e as palavras, ambas procuram «os nomes ocultos da injustiça, da desigualdade e da opressão» para chegar às «palavras mágicas», capazes de «mover corpos e mundos».
Quinta-Feira: Abracadabra faz parte do Sete Anos Sete Peças, onde Cláudia Dias se propõe criar uma peça nova com diferentes artistas convidados a cada ano, destacando-se até agora Pablo Fidalgo Lareo, Luca Bellezze, Igor Gandra e Idoia Zabaleta.
O projecto da coreógrafa, a realizar até 2022, desdobra-se em três: Sete Anos Sete Peças, Sete Anos Sete Livros e Sete Anos Sete Escolas. Cada criação serve de base a uma edição ilustrada por António Jorge Gonçalves (Sete Anos Sete Livros) e a um projecto de criação com jovens em Almada e no Porto (Sete Anos Sete Escolas).
A par do desenvolvimento de competências pessoais, de fruição e criação artísticas de jovens entre os 15 e os 20 anos, o Sete Anos Sete Escolas tem o propósito de afirmar que «todos os cidadãos têm direito à experiência da criação, e não apenas da fruição cultural».
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