Na celebração dos 40 anos da Constituição da República e, inserida na comemoração dos 42 anos da Revolução de 25 de Abril de 1974, está a decorrer no Museu da Cidade de Almada a exposição «40 Anos da Constituição de Abril: Património do Povo e do Poder Local».
Organizada em três núcleos fundamentais, esta exposição parte da Constituição da República Portuguesa como elemento fundador da liberdade e da democracia de Abril e a construção colectiva de uma sociedade forjada nos valores da fraternidade, justiça, educação, cultura, igualdade e da solidariedade.
Os núcleos temáticos desta exposição organizam-se por direitos e deveres consagrados na Lei Fundamental do nosso país e domínios de intervenção cívica e ativismo: Participação; Cultura e Desporto, Solidariedade (Habitação, Saúde, Educação, Igualdade), com uma abordagem expositiva centrada no conceito de participação, enformado na mobilização e organização popular desde 1974 até hoje, enquadrado pelos valores da Liberdade e Igualdade.
Protagonistas e espectadores da mudança social trazida pela Revolução animam e enquadram os factos históricos e as fotografias de época enquanto testemunhos vivos de um período ainda hoje presente, cuja semente ainda se pressente em cada artigo da Constituição.
Do Mudo à Perestroika
Até ao dia 13 de Julho, o ciclo Grande Cinema Russo – Do Mudo à Perestroika apresenta um total de 19 obras que percorrem quase um século de uma das mais importantes e influentes cinematografias.
O ciclo inicia-se com os pioneiros anos 1920 do cinema soviético e os seus nomes maiores da primeira metade do século XX, como SERGUEI EISENSTEIN, DZIGA VERTOV, BORIS BARNET e ALEKSANDR DOVZHENKO.
Em seguida, aquele que é chamado do fôlego do cinema russo e soviético, que começa na década de 1960, com as obras de LARISA SHEPITKO, MIKHAIL ROMM, SERGUEI BONDARCHUK, MARLEN KHUTSIEV, NIKITA MIKHALKOV, ELEM KLIMOV E ANDREI KONCHALOVSKY.
A decorrer no espaço do Cinema Nimas, este é um ciclo a não perder para todos os amantes do cinema e da História desse rico período artístico e revolucionário.
Onde Invadir a Seguir
Acaba de estrear em Portugal Where to invade next ou «Onde Invadir a Seguir», a nova manobra de guerrilha cinematográfica de Michael Moore, cineasta reconhecido pelo forte conteúdo anti-capitalista e anti-imperialista do seu cinema documental.
Desta vez Moore propõe uma comparação entre os Estados Unidos da América (EUA) e oito países europeus, onde está incluído Portugal, com imagens captadas no 1.º de Maio da CGTP-In, na Alameda, em Lisboa.
A ideia é destruir o imaginário idílico do sonho americano através da descoberta de políticas internacionais que deveriam ser importadas pelos norte-americanos. Para isso, Michael Moore convida a invasões amigáveis, «anexações» políticas e culturais para salvar os EUA , com os «melhores sistemas» e as melhores acções governamentais para levar para a terra do Tio Sam.
Ciclo Mundos – Músicas do Mundo no Teatro Trindade
A partir do dia 30 de Junho, com a actuação da dinamarquesa Den Sorte Skole e da chilena Ana Tijoux, arranca no Teatro da Trindade, em Lisboa, o Ciclo Mundos. Uma colaboração entre o Festival de Músicas do Mundo de Sines (FMM), distinguido com três prémios Ibéricos, a Câmara Municipal daquela cidade portuária do litoral alentejano e da Fundação Inatel.
A programação prossegue com o concerto imperdível da lenda da guitarra do blues e do free jazz, James Blood Ulmer, dos EUA, a 15 de Julho, e da cantora e compositora Ester Rada (Israel/Etiópia), no dia 21 de Julho, nomes que também fazem parte do cartaz do festival que se realiza de 22 a 30 de Julho em Sines e Porto Covo.
* Músico fundador, guitarrista, compositor e letrista dos Cool Hipnoise, Spaceboys, Rita & O Revolver e Cais do Sodré Funk Connection.
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