O Museu Nacional de Alepo apresentou novamente ao público, este fim-de-semana, um dos mais importantes achados arqueológicos na zona de Ain al-Tal, poucos quilómetros a norte de Alepo, no Norte da Síria.
Nazir Awad, chefe da Direcção-Geral de Antiguidades e Museus (DGAM) síria destacou a importância da peça, descoberta em 1955, que, segundo se crê, representa um dos governantes da cidade no período aramaico, informa a SANA.
Feita em basalto, a estátua foi danificada quando rockets disparados por terroristas, em 2015, atingiram o átrio do museu, levando à sua fragmentação em três pedaços, esclareceu Awad.
O processo de restauro desta peça com cerca de dois metros de altura e 50 centímetros de largura foi fruto da cooperação entre a DGAM síria e a missão arqueológica italiana, liderada pela professora Marina Pucci, do Departamento de História, Arqueologia, Geografia, Arte e Espectáculo da Università degli Studi di Firenze (Universidade de Florença).
Em declarações à imprensa, Pucci manifestou a sua alegria e o seu orgulho por poder voltar a trabalhar na Síria, contribuindo para o restauro de uma peça com esta importância, que é um dos grandes símbolos da cidade de Alepo.
Até ao início da guerra de agressão, a Síria era o destino de centenas de investigadores e estudantes na área da arqueologia, devido à riqueza e densidade dos seus sítios arqueológicos.
Ao longo da guerra, um património de valor incalculável foi destruído e muito foi saqueado, roubado e levado ilegalmente para fora do país. De acordo com as autoridades sírias, mais de 40 mil objectos antigos roubados em diferentes fases do conflito foram devolvidos à Síria e aos seus museus.
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