«Enquanto País precisamos, claramente, de uma visão global e de uma harmonização do nosso território e, ao mesmo tempo, de esbater os desequilíbrios existentes, porque a nossa sobrevivência vai depender disso e a nossa harmonia enquanto povo, também. Não faz sentido haver um desequilíbrio tão grande entre litoral e interior», defendeu o escritor.
José Luís Peixoto viveu até aos 18 anos em Galveias, no concelho de Ponte de Sor, distrito de Portalegre, também ele cidadão do interior do país.
O autor de Uma Casa na Escuridão participou ontem numa sessão dedicada ao Nobel da Literatura, José Saramago – autor que teve «uma grande influência na sua obra» – que foi partilhada com uma plateia composta por professores e alunos do Ensino Secundário.
De recordar que José Saramago escreveu sobre Torre de Moncorvo num retrato literário que está plasmado nas páginas do seu livro Viagem a Portugal, onde este concelho do Nordeste Transmontano é descrito de «forma sublime».
Para José Luís Peixoto é importante fazer estas viagens pelo País de forma a mostrar a obra literária ou as suas ideias.
«A minha expectativa é que se possa criar alguma curiosidade sobre aquilo que escrevo e que os meus livros sejam lidos nestes territórios. Um dos temas daquilo que escrevo é Portugal. É esta referência identitária, enquanto português, saber quem somos e, a partir daí, tomarmos decisões e termos uma maior consciência daquilo que nós somos», indicou o escritor.
José Luís Peixoto frisou que escreve para os leitores portugueses, acrescentando, que faz todo o sentido aproveitar este tipo de iniciativas literárias para ir ao encontro do potencial leitor que se encontra no interior.
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