As criadoras definem o espectáculo como «um projecto teatral sobre o enraizamento, o corpo migrante e a nossa necessidade de auto-construção permanente», lê-se num comunicado d'A Escola da Noite.
Guiadas pelas perguntas «Como é que nos ligamos à terra? O que acontece quando partimos?», as duas criadoras efectuaram uma pesquisa sobre histórias reais de migração, criando «uma peça onde se indaga o aspecto paradoxal do corpo na vida e as formas como habitamos o corpo e o mundo».
A partir de histórias reais de migração, Joana Pupo e Pepa Macua utilizam a acrobacia e o Método Suzuki para actores como «ferramentas de leitura e reinvenção destes materiais». Entre outras referências, as criadoras apontam como «bússolas importantes para a criação» a peça Can We Talk About This, dos DV8 Phisical Theatre; as instalações da artista plástica Shiota Chiharu; o texto «Da Hospitalidade», do filósofo Jacques Derrida; e a poesia de António Ramos Rosa em A Construção Do Corpo.
O processo de construção do espectáculo teve início em Julho de 2020. Da equipa de criação fazem ainda parte a actriz e encenadora argentina Ana Woolf (Odin Teatret), na co-encenação e na dramaturgia, Marcos Aganju na banda sonora e sonoplastia, Ana Limpinho na cenografia, Mafalda Oliveira no desenho de luz e Tiago Hespanha no vídeo.
A temporada inaugural no Teatro da Cerca de São Bernardo, em Coimbra, inclui quatro sessões, de 30 de Setembro a 3 de Outubro, de quinta-feira a sábado, às 19h, e no domingo, às 16h.
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