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Parlamento chumbou apoio extraordinário aos trabalhadores da Cultura

Com os votos contra do PS e a abstenção de PSD, CDS-PP, IL ficou para trás a possibilidade de os trabalhadores do sector terem direito a pelo menos 658,21 euros por mês, neste contexto de pandemia.

Trabalhadores da cultura, convocados pelo Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, do Audiovisual e dos Músicos (CENA-STE), realizaram em frente à Assembleia da República a concentração «Nem Parados Nem Calados, para uma Cultura com Futuro, Por um Futuro com Cultura», em Lisboa, a 9 de Novembro de 2020. O protesto pretende chamar a atenção para a difícil situação em que vivem os profissionais da área devido à pandemia em curso
Trabalhadores da cultura, convocados pelo Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, do Audiovisual e dos Músicos (CENA-STE), realizaram em frente à Assembleia da República a concentração «Nem Parados Nem Calados, para uma Cultura com Futuro, Por um Futuro com Cultura», em Lisboa, a 9 de Novembro de 2020 CréditosAntónio Cotrim / LUSA

Uma das propostas em discussão partiu do PCP, e tinha como objectivo que todos os trabalhadores, inscritos em qualquer uma das actividades principais do sector da Cultura, pudessem aceder a um apoio extraordinário mensal, no mínimo de 1,5 do Indexante de Apoios Sociais (IAS), que pudesse ser acumulável com outros apoios e prestações sociais, num período em que o sector está devastado pelas medidas de restritivas de combate à pandemia.

Foram ainda discutidos outros projectos-lei do BE, PAN e da deputada não inscrita Cristina Rodrigues, que propunham o reforço ou a criação de novas medidas de apoio à Cultura.

No entanto, o PS e os partidos à sua direita chumbaram ontem na Assembleia da República estas iniciativas, dando a mão ao Governo nesta matéria, que avançou com a atribuição de um apoio extraordinário para os trabalhadores da cultura, de valor único, e apenas de um IAS, ou seja, de 438,81 euros.

Este apoio, que ficou disponível ontem, enquadra-se nas medidas de resposta à crise provocada pelas restrições decretadas no âmbito da pandemia, tem merecido fortes críticas dos profissionais dos sector, que é dos mais fustigados no actual contexto.

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