«O Presidente [Luis Arce] pediu-nos que resolvêssemos rapidamente o problema do acesso à electricidade», disse o vice-ministro da Electricidade e Energias Alternativas, José María Romay, noticia a Prensa Latina, citando um boletim institucional do país sul-americano.
O funcionário governamental acrescentou que o seu ministério tem «a responsabilidade de ampliar a cobertura do sector eléctrico, tentando chegar aos sítios mais remotos, para que todos os bolivianos e todas as bolivianas tenham acesso à electricidade».
Com a governação do ex-presidente Evo Morales (2006-2019), «através do Programa de Electricidade para Viver com Dignidade (PEVD) e da Empresa Nacional de Electricidade, a cobertura do serviço nas zonas rurais chegou aos 83%», explicou o vice-ministro, referindo que o objectivo é alcançar os 100% até 2025.
O programa é financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, o KfW (banco de desenvolvimento estatal alemão) e pelo Fonplata – Banco de Desenvolvimento (integrado por Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai).
A verba garantida – 108 milhões de dólares – permitirá chegar aproximadamente a 40 mil famílias, mas Romay explicou que o programa não visa apenas o uso doméstico, abrangendo igualmente fins produtivos, escolas, centros de saúde e outras infra-estruturas sociais.
O vice-ministro da Electricidade e Energias Alternativas sublinhou que o golpe de Estado levou à paralisação, o ano passado, da execução de numerosos projectos para levar electricidade às casas nas regiões rurais, principalmente em comunidades indígenas e de baixos recursos.
Programa de Electricidade para Viver com Dignidade e aumento da capacidade de produção
O PEVD pretende alcançar os seus objectivos incentivando a combinação de investimento público e privado e por via da aplicação de diversas alternativas tecnológicas, como sistemas fotovoltaicos, geradores eólicos, sistemas híbridos, pequenas centrais hidroeléctricas, densificação e extensão de redes eléctricas, entre outras, indica a agência ABI.
Antes, o próprio Romay tinha revelado que a Bolívia vai aumentar a sua capacidade de produção eléctrica para mais de 3500 megawatts (MW) com o funcionamento, antes do próximo mês de Julho, de três parques eólicos no departamento de Santa Cruz.
Sobre a capacidade actual, disse que nas próximas semanas vão começar a operar os ciclos combinados das centrais termoeléctricas de Entre Ríos (Cochabamba), Del Sur (Tarija) e Warnes (Santa Cruz).
Além destas obras, recordou a ampliação recente da Central Solar Fotovoltaica de Oruro, a maior e mais alta do mundo, que permitiu elevar o nível de 50 para 100 MW. O consumo interno de electricidade ronda os 1600 MW, pelo que, indica a Prensa Latina, a Bolívia irá aumentar as suas reservas e terá capacidade de exportação.
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