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Cimeira da NATO arranca em Bruxelas

Começa esta quarta-feira a cimeira dos chefes de Estado e de governo dos membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte, com pressões para subir a despesa pública em Defesa na agenda.

CréditosOlivier Hoslet / EPA

Um dos temas centrais a ser discutido na cimeira da NATO, que decorre durante os dias de hoje e amanhã, é a necessidade do aumento do orçamento da Defesa  para os 2% do PIB dos países membros da organização. Uma imposição dos EUA a que o presidente Donald Trump tem dado grande visibilidade, mas cuja orientação remonta a anteriores administrações, nomeadamente a anterior, liderada pelo Nobel da Paz Barack Obama.

No caso de Portugal, que pretende atingir aquele valor até 2024, o Governo deve procurar promover um aumento intercalar já no Orçamento do Estado para 2019, num momento em que os constrangimentos orçamentais têm servido para justificar a falta de investimento em áreas críticas como a Educação e a Saúde, nomeadamente quanto ao reforço de meios humanos.

Aliás, este aumento do orçamento da Defesa Nacional deverá ter reflexos sobretudo no envolvimento militar externo, num momento em que as Forças Armadas portuguesas se confrontam com debilidades orçamentais, nomeadamente ao nível da componente operacional mas também na área do pessoal onde, para além de outros aspectos, continuam por resolver questões como as promoções ou o descongelamento e o reposionamento das carreiras dos militares.

Em cima da mesa da cimeira deverá estar também a recém-criada Iniciativa Estratégica de Intervenção, uma parceria promovida pelo presidente  francês Emmanuel Macron em que participam, entre outros, Portugal, o Reino Unido e a Dinamarca. Esta nova estrutura, para além de manter a ligação umbilical do Reino Unido com a União Europeia e a sua linha de militarização, terá como objectivo dar maior eficácia a uma eventual força militar europeia de intervenção rápida.

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