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Nicarágua reafirmou compromisso com a luta anti-imperialista

Na XXV reunião do Conselho Político da ALBA-TCP, que teve lugar no sábado em Caracas, o país centro-americano reiterou o seu empenho inabalável com a luta anti-imperialista e antifascista.

Valdrack Jaentschke intervém na XXV reunião do Conselho Político da ALBA-TCP, em Caracas, a 29 de Março de 2025 Créditos / PL

A mensagem do executivo sandinista no encontro da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) foi lida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Valdrack Jaentschke, que também destacou o compromisso com a solidariedade e complementaridade – que estão nos alicerces do bloco regional.

Jaentschke evocou o presidente nicaraguense, Daniel Ortega, ao afirmar que «a ALBA não é mais que o grande passo que a América Latina e as Caraíbas dão após as grandes lutas que vinham a ser travadas desde a independência contra o colonialismo espanhol, até às batalhas contra as intervenções ianques».

Para o diplomata, é por isto que a Nicarágua vai continuar a chamar as injustiças pelo seu nome e a denunciar as agressões, as tentativas de desestabilização, as mentiras e as chantagens dos imperialistas e colonialistas de sempre.

Ao intervir, o representante nicaraguense sublinhou que os imperialistas e os seus lacaios atacam, agridem e procuram asfixiar os ideais revolucionários, a soberania dos estados e a autodeterminação dos povos.

«Continuaremos a denunciar toda a forma de agressão e medidas coercivas unilaterais contra os sonhos de paz e bem-estar dos nossos povos e governos», declarou, citado pela Prensa Latina.

A XXV reunião do Conselho Político da ALBA-TCP decorreu na capital venezuelana / PL

A este propósito, afirmou a solidariedade crescente com Cuba, condenou firmemente a política de bloqueio por parte dos Estados Unidos contra a Ilha, designando-a como «ilegal e desumana», ao mesmo tempo que refutou a inclusão de Cuba na lista unilateral de países que alegadamente patrocinam o terrorismo.

Também expressou a sua solidariedade ao «povo irmão e ao governo bolivariano da Venezuela, que sofrem os embates do imperialismo com as suas constantes, cruéis e desumanas acções».

«Concordamos com a Venezuela na sua legítima luta pelo regresso seguro dos irmãos migrantes. Expressamos a nossa solidariedade aos familiares de todos estes migrantes sequestrados e encarcerados, negando-lhes os seus direitos. Concordamos, igualmente, em exigir o seu retorno imediato à Venezuela», frisou.

Jaentschke reconheceu a legitimidade da exigência dos povos caribenhos a reparações pelos crimes do colonialismo e pela escravidão, tendo rejeitado as extorsões que lhes são feitas pelos seus esforços para alcançar melhores condições de vida e saúde para os seus povos.

Na sua intervenção, o diplomata também se referiu aos ataques sionistas à Palestina, tendo afirmado que a Nicarágua vai continuar a denunciar e a repudiar «os horrendos crimes e o genocídio» que as forças de ocupação levam a cabo contra o povo palestiniano, que «tem o direito inalienável a gozar do seu Estado livre, soberano e independente».

Mencionando as figuras de Fidel Castro e Hugo Chávez, disse que continuarão inspirados pela sua visão, «defendendo os supremos sonhos de unidade nosso-americana e caribenha de [Simón] Bolívar, [José] Martí, [Augusto C.] Sandino, [Francisco] Morazán e tantos grandes homens e mulheres que nos antecederam e nos anteciparam no dever de lutar para vencer».

No que toca às reuniões da ALBA-TCP, referiu que as deliberações destes encontros estão a dar os seus frutos na forma do «intercâmbio, coordenação e planificação a favor do bem-estar dos povos».

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