|América Latina

ALBA-TCP alerta para «obsessão» dos EUA contra os povos da região

A propósito dos ataques ao Petrocaribe, a ALBA-TCP afirma que «a onda de constantes ameaças e agressões contra os povos da América Latina e Caraíbas se tornou uma obsessão para a administração norte-americana».

O Petrocaribe nasceu em 2005, por iniciativo de Hugo Chávez Créditos / cubadebate.cu

Em comunicado, a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) afirma que, «desta vez, querem atacar o acordo Petrocaribe», aliança petrolífera criada em 2005 por iniciativa de Hugo Chávez.

Para o bloco de integração regional, trata-se de «uma das ferramentas mais solidárias e úteis​ da cooperação Sul-Sul, especialmente para os países das Caraíbas».

«Ninguém na região se atreve a questionar o impacto social abrangente que o Petrocaribe gerou ao garantir o fornecimento de combustível a mais de 20 países da América Latina e das Caraíbas», sublinha a Aliança, acrescentando que este mecanismo se tornou «uma barreira de contenção humanitária face aos altos e baixos e às crises dos mercados do Norte Global».

«Pretender desacreditar o Petrocaribe é talvez a calúnia mais descarada e errática que o Departamento de Estado dos EUA possa emitir, dada a realidade inexorável de que milhões de seres humanos beneficiaram da bondade e generosidade desta iniciativa inédita de solidariedade energética», indica o texto, publicado esta quarta-feira no portal do organismo.

O Petrocaribe é um Acordo de Cooperação Energética que o governo venezuelano propôs e que passou a funcionar a 29 de Junho de 2005, tendo como objectivo resolver as assimetrias de acesso dos países da região a recursos energéticos, baseando-se nos princípios da solidariedade, do intercâmbio favorável e equitativo, lembra a TeleSur.

Os países-membros da ALBA-TCP – Venezuela, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Dominica, Antigua e Barbuda, São Vicente e Granadinas, São Cristóvão e Neves, Granada e Santa Lúcia – repudiaram de forma categórica «este novo pretexto para tentar promover, a partir de uma série de falsidades, um processo de fissuras e desestabilização numa região proclamada como Zona de Paz, que desenvolve relações de respeito mútuo, união e sincera cooperação».

O mecanismo de integração exige o levantamento imediato e incondicional de todas as medidas coercivas unilaterais contra o Petrocaribe, «iniciativa que foi um dos principais motores de unidade de toda a região».

EUA «desesperados» porque não conseguiram destruir Petrocaribe

Recentemente, o ministro venezuelano dos Negócios Estrangeiros, Yván Gil, denunciou as intenções declaradas pelo Departamento de Estado norte-americano de acabar com o Petrocaribe, que acusou de «corrupção».

Para Gil, os EUA estão «desesperados» porque «o Petrocaribe continua vivo» e «não o conseguiram destruir».

«Enquanto impõem sanções e saqueiam com as suas petrolíferas, nós continuamos a enviar energia soberana, sem chantagens nem bases militares», afirmou o diplomata na sua conta de Telegram.

«Incomoda-os que nas Caraíbas saibam que a "ajuda" dos EUA é sempre sinónimo de sujeição», frisou.

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui