O ataque desta terça-feira contra o Exército sírio ocorreu na zona de al-Shahima (Sudeste da província de Homs) e, de acordo com um comunicado militar enviado à agência SANA, provocou vários mortos e danos materiais.
O texto sublinha a determinação do Exército Árabe Sírio e dos seus aliados em «prosseguir a luta contra as organizações terroristas, sobretudo o Daesh e a Jabhat al-Nusra», em todo o território nacional, e destaca que «esta agressão confirma mais uma vez o apoio da coligação ao terrorismo, num momento em que o Exército Árabe Sírio e os seus aliados fazem avanços diários contra o Daesh».
O ataque já foi condenado pelo governo de Damasco, que tem sistematicamente acusado Washington e os seus aliados de violar a sua soberania e de levar a cabo operações no país sem a sua autorização. A diplomacia russa também condenou este «acto de agressão», sublinhando que «se trata de um passo dos EUA no sentido de se envolver num confronto aberto com a Síria», informa a RT.
Violação da soberania
No dia 18 de Maio, aviões da coligação liderada pelos Estados Unidos já tinham atacado uma posição do Exército sírio na estrada de al-Tanf, no deserto sírio. Em ambas as ocasiões, o Pentágono alegou que as forças sírias, depois de vários avisos, violaram o perímetro de segurança de uma base que a chamada coligação internacional instalou em al-Tanf – à revelia do governo legítimo do país.
Em causa está também o apoio declarado e a protecção que Washington e as potências ocidentais proporcionam ao chamado Exército Livre Sírio (ELS), com o qual as Forças Armadas Sírias e seus aliados se têm envolvido em intensos combates. Esta madrugada, em resposta ao ataque dos caças ocidentais, o Exército Árabe Sírio lançou uma grande ofensiva contra o ELS a Sudeste de Damasco, indica a Al-Masdar News.
Para o governo de Damasco, a coligação ocidental tem falhado no combate ao Daesh – objectivo apregoado desde que, em 2014, começou a operar na Síria – por falta de empenho real e de coordenação com as autoridades do país. Para além disso, é acusada, pelo governo sírio e outras instâncias, de ter cometido vários massacres nas províncias de Raqqa, Deir ez-Ezor e Hasaka, matando centenas de civis.
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