Sedqi Suleiman al-Maqt, conhecido como o «Decano dos prisioneiros sírios e árabes» por ter passado mais tempo nas cadeias isreelitas que qualquer outro preso, foi condenado por um tribunal israelita a uma pena de 11 anos de prisão, segundo revelou esta terça-feira a agência SANA.
O Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros condenou a decisão, em duas cartas que ontem dirigiu ao secretário-geral das Nações Unidas e ao presidente do Conselho de Segurança deste organismo, a quem solicitou, bem como ao Alto Comissário para os Direitos Humanos e a outras organizações internacionais, que pressionem Israel no sentido de libertar imediatamente al-Maqt.
O governo de Damasco considera a sentença «injusta» e, ainda, «nula e ilegal», na medida em que foi decretada por «autoridades da ocupação contra um civil sírio que vive sob o regime da ocupação estrangeira» [nos Montes Golã].
Sedqi al-Maqt, natural de uma localidade nos Montes Golã ocupados por Israel, foi libertado em Agosto de 2012, depois de passar 27 anos numa cadeia israelita. Em Fevereiro de 2015, o Shin Bet [serviço de segurança interna de Israel] invadiu a sua casa e prendeu-o, acusando-o de ter fotografado e filmado um encontro entre forças israelitas com grupos terroristas.
Nas cartas que enviou às Nações Unidas, Damasco afirma que Israel maltratou al-Maqt apenas porque expôs o envolvimento das forças de ocupação com os grupos terroristas, sobretudo a Jabhat al-Nusra – fornecendo-lhes armas, ajuda sanitária e apoio financeiro.
O movimento de resistência libanês Hezbollah louvou, em diversas ocasiões, o trabalho de resistência de al-Maqt contra Israel, revela a HispanTV.
Quando foi libertado em 2012, o Hezbollah chamou «herói» a al-Maqt, por «ter lembrado aos países árabes quem era o verdadeiro inimigo que os ameaça».
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