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Nas Honduras, Celac afina o «consenso regional»

Chefes de Estado e de governo participam na IX Cimeira da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), onde deverá ser aprovada a chamada Declaração de Tegucigalpa.

Na reunião de coordenadores da Celac, Gerardo Torres afirmou que, à frente do organismo, as Honduras deram uma resposta colectiva aos desafios na região Créditos / Cancillería de Honduras

A IX Cimeira da Celac realiza-se hoje na capital hondurenha, depois de, nos dias anteriores, os coordenadores nacionais e os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 33 países-membros do bloco se terem reunido para afinar os termos da Declaração de Tegucigalpa, entendida como um elemento central para o «consenso» na região e a definição dos seus posicionamentos estratégicos.

Além disso, procedeu-se à análise do trabalho realizado pelas Honduras à frente do bloco regional no espaço de um ano.

Gerardo Torres, que representou o país centro-americano no encontro de coordenadores – o 16.º do género sob a presidência hondurenha –, disse que se tratou de «um ano de muito trabalho», e destacou o trabalho «sustentado e colaborativo» desenvolvido sob a orientação da presidente hondurenha, Xiomara Castro.

Em seu entender, o legado principal de todo este processo é a reafirmação do ideal de unidade e integração regional. «O mais importante é a Nossa América, a Nossa Pátria Grande», disse, citado pela TeleSur.

No encontro de coordenadores, muitos documentos foram deixados prontos (analisados, debatidos e acordados) para que os ministros dos Negócios Estrangeiros, primeiro, e os chefes de Estado e de governo, depois, os pudessem aprovar, pelo que, indica a fonte, se tratou de uma etapa fundamental a caminho da IX Cimeira da Celac, que hoje se realiza, com a presença de representantes dos países-membros.

A chamada Declaração de Tegucigalpa é encarada como um documento-chave para a definição dos posicionamentos estratégicos do bloco e do consenso a prevalecer na América Latina e Caraíbas.

Reafirmar a integração, manter a unidade

A este propósito, Gerardo Torres, que também é vice-ministro hondurenho dos Negócios Estrangeiros, frisou que a Celac deu resposta, nos últimos 12 meses, a desafios como a fome, as alterações climáticas, a migração, os direitos das mulheres ou uma nova arquitectura financeira e energética.

Por seu lado, o ministro hondurenho dos Negócios Estrangeiros, Enrique Reina, afirmou que uma das principais conquistas da presidência da Celac sob orientação de Xiomara Castro foi ter mantido a unidade do organismo, apesar das divergências ideológicas existentes.

Os resultados do trabalho realizado no último ano ficarão patentes na IX Cimeira de chefes de Estado e de governo, na qual Castro irá submeter à consideração dos seus homólogos a declaração final, para depois passar a presidência do bloco ao presidente colombiano, Gustavo Petro.

Na capital hondurenha, reúnem-se hoje os chefes de Estado, com a presença confirmada dos presidentes de Bolívia, Brasil, Colômbia, Cuba, Guatemala, Honduras, México, Uruguai e do Conselho Presidencial de Transição do Haiti, bem como os primeiros-ministros da Guiana e de São Vicente e Granadinas.

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