A notícia relativa ao estado de alerta máximo, divulgada pela Al-Masdar News, baseia-se em informações avançadas esta tarde pela imprensa local e pró-governamental, e segue-se aos comunicados emitidos nos últimos dias pelo Ministério russo da Defesa.
No domingo, um desses documentos afirmava que «especialistas estrangeiros (falantes da língua inglesa)» tinham chegado à Síria, podendo encenar um ataque químico com cloro «nos próximos dois dias».
De acordo com a informação recolhida por Igor Konashenkov, representante do Ministério russo da Defesa, a operação deverá ocorrer na aldeia de Kafr Zita, no Norte da província de Hama, e será filmada pela imprensa internacional com o objectivo de «incriminar Damasco».
Konashenkov disse ainda que um grupo de pessoas vindas do Norte foi transportado para Kafr Zita e está a ser preparado «para participar na encenação do ataque», em que será filmado a sofrer as alegadas consequências das «armas químicas» pretensamente lançadas pelas «forças do governo sírio».
Desta forma, recorrendo à utilização substâncias venenosas, as «forças alheias à região estão a preparar provocações de grande dimensão para desestabilizar seriamente a situação e romper a dinâmica do processo de paz em curso», acrescentou.
Num comunicado publicado esta segunda-feira, o Ministério russo da Defesa denuncia as movimentações de navios norte-americanos no Mediterrâneo e no Golfo Pérsico, bem como o abastecimento de bombardeiros numa base no Qatar. «Estas movimentações são a prova mais recente da intenção dos EUA de recorrer à provocação esperada», acrescenta, citado pela RT.
O Ministério precisou ainda que «a implementação desta provocação [em Kafr Zita e na província de Idlib], levada a cabo com o apoio dos serviços secretos britânicos, destina-se a servir de último pretexto para que os EUA, o Reino Unido e a França realizem um ataque com mísseis contra infra-estruturas económicas e estatais na Síria».
Ataque de falsa bandeira em Douma
Recorde-se que, a 7 de Abril, um alegado ataque químico em Douma, na região damascena de Ghuta Oriental, serviu de justificação para que os EUA, a França e o Reino Unido lançassem mais de cem mísseis contra alvos na Síria, uma semana mais tarde.
O ataque foi perpetrado com base em acusações não fundamentadas – reiteramente negadas pelas autoridades sírias – e quando uma equipa de investigação da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) se preparava para aprofundar o assunto em Douma.
Posteriormente, testemunhas desse alegado ataque químico em Douma disseram que aquilo que se vê no vídeo feito pelos Capacetes Brancos – e usado como pretexto para atacar a Síria – foi, de facto, encenado.
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