A exposição, comissariada pelo jornalista e escritor Manuel Gago e organizada pela Xunta da Galiza, pode ser vista na Cidade da Cultura de Compostela (de terça-feira a domingo).
No texto de apresentação oficial, acessível no portal cidadedacultura.gal, afirma-se que «Galiza, um relato no mundo» explora «a interacção entre o território histórico galego e o resto do mundo, num percurso que nos leva da pré-história até à actualidade».
Diz-se ainda que a mostra, «concebida como a primeira de três grandes exposições da Xunta no âmbito do Xacobeo 2021, se centra nas relações internacionais da Galiza e na sua presença no mundo».
A exposição contém mais de 300 peças organizadas em duas partes, segundo explica o Nós Diario na sua edição digital: as «entradas», respeitantes às interacções de outras culturas com a Galiza; as «saídas», isto é, os contributos que os galegos deram ao mundo.
Muitas destas peças são «emblemáticas» e possuem um «alto valor simbólico para a história e a cultura» da Galiza, tendo chegado a Compostela provenientes de várias colecções museológicas e instituições de referência espalhadas pelo mundo, nomeadamente a Parker Library, da Universidade de Cambridge; as Bodleian Libraries, da Universidade de Oxford; o Museu do Prado (Espanha); a Biblioteca Apostólica Vaticana; a Biblioteca de Arezzo (Itália) ou o Museu Nacional de Arqueologia (Portugal). Outras vieram ainda de locais como Havana, Buenos Aires, Dublin ou Montevideu.
Deste modo, a mostra permite ao visitante contemplar obras como a Biblia Kennicott – uma das bíblias judaicas mais valiosas, criada no séc. XV na Corunha; A Santa, peça do escultor cambadês Francisco de Asorei (que chegou do Uruguai); o Livro das Invasões – obra que saiu de Dublin pela primeira vez, na qual se encontra a primeira menção conhecida a Breogán e se conta a história de como esta personagem lendária chegou à Irlanda.
Ainda o Cancioneiro da Vaticana – peça imprescindível da lírica galaico-portuguesa; ou o Guerreiro de Lesenho, estátua de guerreiro galaico descrita como «peça central para entender a Idade do Ferro no Noroeste da Península Ibérica».
Algumas obras estão na Galiza pela primeira vez, numa exposição que, segundo o seu comissário, visa romper com o «mito do isolamento e da periferia», e afirmar «a formação da identidade nacional galega como algo de dinâmico».
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