O movimento denuncia a existência de uma «cultura sacrificada» com o encerramento dos seus espaços durante a pandemia. Recentemente, vários teatros nacionais de França foram ocupados por manifestantes que exigem a reabertura das instituições de arte no país, bem como a recuperação do sector da Cultura, indica a TeleSur.
Esta quarta-feira, foi a vez a do Teatro Nacional de Estrasburgo, que foi ocupado por cerca de 50 estudantes de Arte Dramática. Trata-se de «uma acção de mobilização [que] visa pedir contas aos poderes públicos pela gravidade das nossas situações e melhorar os direitos dos trabalhadores temporários afectados pela crise sanitária», afirmaram os jovens num comunicado, garatindo que vão manter a ocupação «até que haja uma resposta concreta do Estado».
Fizeram ainda um apelo a «todas as escolas nacionais de arte dramática e aos conservatórios para se juntarem» ao movimento, que integra artistas e estudantes de várias escolas superiores de arte.
Há uma semana, um grupo de actores e de outros profissionais deu início à ocupação por tempo indeterminado do emblemático Teatro do Odeón, em Paris; de segunda para terça-feira, cerca de trinta trabalhadores passaram a noite num teatro de Pau (Sudoeste de França), e, ontem, alunos de diversas escolas superiores e conservatórios replicaram a acção no Teatro da Colina, na capital.
Em todos os casos, informa a Prensa Latina, as reivindicações são as mesmas: apoios para o sector e reabertura dos espaços culturais, encerrados desde finais de Outubro por causa da epidemia de Covid-19, sem que o governo tenha avançado com uma solução até ao momento.
O movimento, que denuncia a «cultura sacrificada» pela pandemia, está a começar a mover-se e a organizar-se a nível regional e nacional, segundo revelou Karine Huet, a vice-secretária-geral do SNAM-CGT (União Nacional dos Sindicatos de Artistas Músicos de França). Na terça-feira, o deputado Francois Ruffin, do partido de esquerda França Insubmissa, declarou-lhe o seu apoio.
No sábado passado, a ministra da Cultura, Roselyne Bachelot, visitou as instalações do Odeón para «propor uma via de comunicação» mas, de acordo com os participantes no protesto, não apresentou nenhuma medida concreta.
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