A golpista utilizou de forma irregular esse montante, retirado de um total de 1 731 000 dólares que tinha solicitado à empresa estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), explicou ontem o presidente desta entidade, Wilson Zelaya.
O dinheiro, noticia a Prensa Latina, fazia parte de um programa criado pela empresa para combater a pandemia, por orientação do ex-ministro de Hidrocarbonetos, Víctor Zamora, e do então presidente da petrolífera, Herland Soliz.
«Decretou-se que a YPFB e as suas empresas subsidiárias, de forma extraordinária, pode-se dizer, apoiassem a luta contra a doença», acrescentou a directora de Transparência Corporativa da instituição, Erika Chávez.
A ex-presidente «de facto» e outros participantes no golpe de Estado que derrubou Evo Morales são acusados de «sedição e terrorismo». A ex-presidente «de facto» Jeanine Áñez presa na madrugada de sábado em Trinidad, na Bolívia, tendo sido transferida para La Paz, onde será ouvida pela Força Especial de Luta Contra o Crime (FELCC) sobre os seus vínculos ao golpe de Estado que derrubou o presidente eleito Evo Morales em 2019, segundo a Agência Boliviana de Informação (ABI). A sua detenção foi anunciada pelo ministro de Governo, Eduardo del Castillo, que agradeceu o trabalho das diversas forças policiais envolvidas «nesta grande e histórica tarefa de fazer justiça ao povo boliviano». Na sexta-feira, pela mesma razão, tinham sido detidos os ex-ministros da Justiça e da Energia, respectivamente Álvaro Coímbra e Rodrigo Guzmán. A Procuradoria Departamental de La Paz emitira, no mesmo dia, uma ordem de prisão contra a ex-presidente e vários dos seus ministros, por existirem elementos suficientes para acusação», a respeito da provável «participação dos acusados nos delitos de terrorismo, sedição e conspiração», e por terem «um fluxo migratório activo», fazendo recear risco de fuga. São também procurados pelas autoridades o ex-comandante da Polícia, coronel Yuri Calderón, e o ex-comandante das Forças Armadas, general Williams Kaliman Romero, e outros participantes na conspiração, entre os quais se contam os ex-ministros Arturo Murillo, Yerko Núñez e Fernando López. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Golpistas presos na Bolívia
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A funcionária explicou que a irregularidade foi detectada no decurso de uma investigação promovida pela secção que dirige, da qual resultou uma auditoria interna para encontrar mais detalhes e apurar responsabilidades.
Chávez disse ainda que serão tomadas «as acções legais correspondentes» contra quem violou as normas que propiciaram o desfalque na empresa e no Ministério de Hidrocarbonetos.
A ex-presidente golpista Jeanine Áñez foi presa em meados de Março e terá de enfrentar a Justiça, na sequência do golpe de Estado de 2019, que levou à renúncia do então presidente Evo Morales, provocou dezenas de mortos e esteve associado a outros actos de corrupção.
Nacionalizações tiveram impacto positivo
Entre 2006 e 2019, durante o governo de Evo Morales, as nacionalizações geraram 24 mil milhões de dólares e a taxa média de crescimento foi de 5%, o que implicou importantes mudanças sociais, disse Jaime Durán, investigador em temas de desenvolvimento.
Nesse período, o desemprego caiu para 4%, enquanto em 2020, com o golpe de Estado, o desemprego atingiu os 12%, o que evidencia a péssima contribuição do modelo neoliberal, referiu o especialista em declarações à Bolivia TV.
As nacionalizações tiveram um impacto positivo e foram uma decisão correcta para o progresso nacional, disse o antigo director-geral de Planeamento dos ministérios de Mineração e Metalurgia e Economia, acrescentando que os recursos provenientes da nacionalização dos hidrocarbonetos permitiram reduzir a pobreza na Bolívia.
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