Wang Yi proferiu estas declarações esta quarta-feira, num encontro que manteve em Pequim com o vice-presidente executivo da Comissão Nacional de Relações EUA-China, Evan Greenberg.
O diplomata chinês, indica a Xinhua, manifestou o seu apreço pelos esforços de Greenberg para promover as trocas e a cooperação bilateral, expressando o seu desejo de que a Comissão e outras personalidades do país norte-americano «contribuam para o desenvolvimento estável, saudável e sustentável das relações» entre os dois países.
«A China e os EUA partilham interesses amplos e vastas perspectivas de cooperação, que podem beneficiar os dois países e o mundo», afirmou Wang, acrescentando que, neste momento crítico das suas relações, ambas as partes devem melhorar a comunicação, aprofundar a compreensão mútua, evitar erros de julgamento e gerir as diferenças.
«A China está disposta a dialogar e negociar com os Estados Unidos, na base da igualdade e do respeito mútuo, para resolver as preocupações legítimas de ambas as partes», declarou.
Por seu lado, Greenberg destacou a importância dos laços entre os dois países e defendeu que ambos recorram à sua experiência e sabedoria para aprofundar a compreensão, ampliar a cooperação e coexistir de forma harmoniosa, indica a Xinhua.
EUA não devem projectar a sua lógica hegemónica sobre a China
Enquanto Wang apela ao diálogo, Washington incluiu mais de uma dezena de entidades chinesas numa lista de restrições de exportação, elaborada pelo Departamento do Comércio norte-americano.
Numa conferência de imprensa em Pequim, esta quarta-feira, Guo Jiakun, representante do Ministério dos Negócios Estrangeiros, denunciou aquilo que classificou como o abuso dos instrumentos de controlo das exportações e a imposição de sanções unilaterais ilegais de forma indiscriminada, com o pretexto da segurança nacional.
Para o porta-voz da diplomacia chinesa, trata-se de um comportamento hegemónico típico e de uma violação grave do direito internacional e das normas básicas que regulamentam as relações internacionais.
«Instamos os EUA a deixar de alargar em demasia o conceito de segurança nacional, a deixar de politizar, instrumentalizar e usar como armas questões científicas, tecnológicas e comerciais», disse, citado pela Xinhua.
Na mesma ocasião, exortou os Estados Unidos a deixarem de projectar a sua lógica hegemónica sobre a China e a abandonarem uma mentalidade datada de Guerra Fria sobre as relações sino-norte-americanas, a propósito de um relatório norte-americano que alega que a China é a «grande ameaça» militar e cibernética.
Guo lembrou que estes «relatórios irresponsáveis e enviesados» são publicados todos os anos, com o objectivo de disseminar o relato da «ameaça chinesa», sendo usados como desculpa «para conter e suprimir a China», e «para [os EUA] manterem a sua própria hegemonia».
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