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Cuba apela ao fim da agressão israelita contra a Faixa de Gaza

Bruno Rodríguez, ministro cubano dos Negócios Estrangeiros, apelou ao fim do «genocídio calculado» que as forças sionistas levam a efeito na Faixa de Gaza. «Deve cessar de imediato», sublinhou.

Zona atacada pelas forças de ocupação no Norte da Faixa de Gaza, a 25 de Março de 2025 Créditos / euromedmonitor.org

Na sua conta de Twitter, o diplomata afirmou que «este genocídio calculado viola grave e sistematicamente os direitos humanos e o Direito Internacional» e, nesse sentido, sublinhou a necessidade de lhe pôr fim de imediato.

Na mesma mensagem, Rodríguez destacou, de acordo com os dados que então possuía, que as forças israelitas «assassinaram 50 144 palestinianos, 31% crianças, e feriu 113 704, 30% menores de idade».

Acrescentou que as forças de ocupação «realizaram 670 ataques contra o sector da saúde» no enclave costeiro.

Numa mensagem publicada na quarta-feira, o ministro cubano revelou que Cuba pronunciou no Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, uma «intervenção conjunta», em representação de 35 países, na qual se reclamou «o restabelecimento imediato do cessar-fogo em Gaza», bem como «a entrada de ajuda humanitária, sem restrições, nos territórios palestinianos».

Entretanto, o Ministério da Saúde em Gaza revelou que o número de vítimas mortais desde Outubro de 2023 subiu para 50 208, em resultado dos bombardeamentos israelitas, e que o número de feridos ascende 113 910.

Forças israelitas mataram mais de cem palestinianos por dia desde 18 de Março

Numa nota publicada quarta-feira à noite, o Euro-Med Human Rights Monitor declarou que, «desde que retomou a sua guerra genocida na Faixa de Gaza, a 18 de Março, Israel tem vindo a matar pelo menos 103 palestinianos e a ferir outros 223 todos os dias».

De acordo com o organismo com sede em Genebra, no período subsequente à ruptura do cessar-fogo, por parte das forças israelitas, 830 palestinianos foram mortos (na sua maioria mulheres e crianças) e 1787 foram feridos.

O Euro-Med refere-se a vários episódios ocorridos desde então, como o assassinato de jornalistas e de civis com cargos administrativos por parte das forças de ocupação, bem como ao bombardeamento deliberado da população civil que procura refúgio em tendas ou nas ruínas de casas.

«Sem qualquer justificação militar, o exército de ocupação israelita cometeu o crime de atacar casas – ou o que resta delas – todos os dias, incluindo atacar tendas onde os civis procuravam segurança após quase 18 meses de genocídio», lê-se na nota.

Para o Euro-Med, trata-se de «uma componente clara de uma política israelita sistemática que visa matar palestinianos, arruinar as suas vidas e impor uma realidade horrível que torna impossível a sobrevivência».

Entretanto, a ONU estima que 142 mil palestinianos tenham sido forçados a abandonar as suas casas ou locais de refúgio no enclave costeiro desde 18 de Março.

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