Numa conferência de imprensa que teve lugar, este sábado, na capital da Venezuela, o enviado especial do Vaticano, Claudio Maria Celli, deu conta dos avanços verificados na segunda reunião do «diálogo nacional», com a participação de delegados do Governo bolivariano e da chamada Mesa de Unidade Nacional (MUD), sublinhando que todos os indícios permitem afirmar que «o processo se está a fortalecer e a consolidar», informa a Alba Ciudad.
Esta segunda ronda de diálogos iniciou-se na sexta-feira, 11, e segue-se à que teve lugar a 30 de Outubro, sob os auspícios do Vaticano, da União de Nações Sul-americanas (Unasul), dos ex-chefes de Estado do Panamá, Martín Torrijos, e da República Dominicana, Leonel Fernández, e do antigo primeiro-ministro espanhol José Luis Rodríguez Zapatero.
Celli afirmou ainda que o Governo e a oposição «assumiram o compromisso de implementar um plano de acção que permita normalizar a relação constitucional entre os poderes do Estado, o respeito recíproco entre os mesmos e explorar medidas de acompanhamento económico no quadro legal, constitucional e de respeito pela soberania nacional que contribuam para melhorar as condições de abastecimento à população».
Cinco pontos
No comunicado oficial da reunião, lido por Celli, destaca-se que o Governo bolivariano e os representantes da MUD chegaram a acordo relativamente a cinco pontos.
No âmbito económico-social, Governo Nacional e MUD decidiram, entre outros aspectos, trabalhar conjuntamente de modo a combater qualquer forma de sabotagem, boicote ou agressão à economia venezuelana.
No domínio político, ficou acordado avançar na superação da situação de desobediência da Assembleia Nacional, decretada pelo Supremo Tribunal de Justiça. No mesmo âmbito, decidiram trabalhar conjuntamente, no quadro constitucional, para a nomeação dos dois membros do Conselho Nacional Eleitoral cujo mandato termina no final deste ano.
No âmbito da soberania nacional e da defesa da integridade territorial do país, ambas as partes sublinham os legítimos e inalienáveis direitos da Venezuela sobre a Guiana Essequiba.
Governo e oposição adoptaram a declaração conjunta «Conviver em Paz». Por último, decidiram integrar na mesa de diálogo um governador de cada uma das partes, convidar representantes de diversos sectores da sociedade a participar nos encontros, e criar uma Comissão de Acompanhamento para dar continuidade ao processo, coordenada por Rodríguez Zapatero.
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