Trata-se do terceiro voo realizado este ano pela companhia aérea nacional Conviasa no âmbito do «Plano Regresso à Pátria», o segundo proveniente do Chile, segundo explicou o Ministério venezuelano dos Negócios Estrangeiros.
Segundo dados divulgados por este ministério, o programa possibilitou o regresso ao país caribenho de 16714 migrantes , refere a VTV.
Foi implementado em Agosto de 2018, pelo chefe de Estado da Venezuela, Nicolás Maduro, com o objectivo de apoiar os compatriotas que emigraram para outros países da América Latina e que ali acabaram por se deparar com uma realidade adversa, expressando a vontade de voltar para casa.
A maioria dos migrantes venezuelanos voltou do Brasil (7285), seguindo-se o Peru (3759) e o Equador (3242).
Regressaram ainda à Venezuela, graças a este programa, 852 emigrantes que residiam no Chile e 764 que emigraram para a Colômbia. Além disso, 434 vieram da Argentina, 366 da República Dominicana, um do Panamá e um do Uruguai.
A mesma fonte revelou que 100 400 cidadãos venezuelanos radicados noutros países da região se inscreveram no programa para ser repatriados, indica a Prensa Latina. Entre as razões apontadas para o regresso pelos migrantes estão a dificuldade de obter um emprego digno, a perseguição constante no país de acolhimento, episódios violência, discriminação e xenofobia, a exploração laboral e problemas de saúde.
Ajudar compatriotas em dificuldade e fazer frente à manipulação
A Venezuela denunciou em reiteradas ocasiões os esforços de politizar a questão da migração – caracterizada como «êxodo» numa narrativa que visa construir um cenário de crise humanitária para justificar uma intervenção no país.
Numa entrevista concedida à TeleSur, Alexander Yánez, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros para Temas Multilaterais, afirmou que a emigração venezuelana é o resultado da aplicação, ao país sul-americano, de medidas coercitivas unilaterais por parte da administração dos EUA.
O vice-ministro precisou que as agressões desestabilizaram a economia venezuelana, com repercussões sobre a capacidade do Estado para efectuar transações financeiras internacionais, nomeadamente para adquirir medicamentos, alimentos e outros bens.
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