Através da sua conta oficial no Twitter, o ministro venezuelano dos Negócios Estrangeiros, Jorge Arreaza, informou que 250 compatriotas regressaram por via terrestre do Norte do Brasil e que outros 98 integraram o nono voo do «Plan Vuelta a la Patria» procedente do Peru, esta terça-feira.
«São 348 irmãos que regressam depois de dificuldades e humilhações. O governo bolivariano estende-lhes a mão para que se reintegrem na nossa Venezuela», escreveu o ministro.
Desde que o Plano Regresso à Pátria foi posto em prática, em Agosto último, cerca de 9000 venezuelanos que haviam emigrado regressaram a território nacional provenientes de países como Brasil, Peru, Equador, Colômbia, Argentina, Chile, República Dominicana e Panamá, segundo indicam a Prensa Latina e a AVN.
Esta semana, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reafirmou o apoio total do seu executivo aos venezuelanos que enfrentam situações de precariedade económica no estrangeiro e exortou-os a integrarem o «Plan Vuelta a la Patria».
Apoiar venezuelanos que emigraram e em dificuldades
Este plano tem como objectivo apoiar os venezuelanos que emigraram e que, depois de se depararem com uma realidade adversa nos países de destino, expressam voluntariamente a vontade de regressar à Venezuela.
De acordo com o governo bolivariano e os relatos dos próprios emigrantes, muitos manifestam esse desejo depois de sofrerem acções de xenofobia e discriminação, enfrentarem situações de desemprego, exploração e maus-tratos laborais, bem como problemas de saúde e dificuldades económicas existentes nos países de acolhimento.
As autoridades venezuelanas explicaram que não se trata de um simples programa de repatriamento de compatriotas em dificuldades, visando antes a sua reintegração na vida produtiva do país, «com a premissa de que estudem e trabalhem para a paz e a prosperidade socioeconómica» venezuelana.
O «Plan Vuelta a la Patria» contempla três fases: o registo no programa; a operação logística; o transporte para a Venezuela e a inserção dos repatriados no sistema de protecção social nacional, explica a AVN.
Questão migratória, manipulação e arma do intervencionismo
Em diversas ocasiões, o governo venezuelano deixou claro o seu repúdio face à intensa campanha mediática, política e diplomática, levada a cabo em diversos âmbitos, que recorre à questão migratória como arma para justificar uma intervenção internacional no país.
Nessa manipulação, incluem-se, de forma costumeira, a inflação dos números relativos à emigração de venezuelanos; a ausência de dados sobre os imigrantes que residem na Venezuela (nomeadamente sobre milhões de colombianos, que têm saúde e educação garantidas); o alheamento, na contextualização das dificuldades que se divulgam, das sanções económicas, da forte pressão financeira internacional e da guerra económica que é movida ao país sul-americano.
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