«Com passos estudados e operações concentradas», as tropas do Exército Árabe Sírio (EAS) conseguiram libertar, entre sábado e domingo, dezenas de terras, bairros, zonas industriais, rotundas e montes estratégicos localizados a oeste e noroeste da cidade de Alepo e que tinham sido tomados por grupos terroristas entre 2012 e 2013.
Os terroristas chegaram a ocupar 80% da província de Alepo – a mais povoada da Síria, com cerca de 4,5 milhões de habitantes – e sensivelmente metade da cidade homónima e capital da província. Mesmo após a vitória do EAS e seus aliados na decisiva Batalha de Alepo, em Dezembro de 2016, os jihadistas continuaram a lançar mísseis e morteiros para o centro da cidade.
Ao saberem das notícias, milhares de pessoas vieram para as ruas de Alepo, com bandeiras nacionais, cantando e gritando palavras de ordem de apoio ao Exército, para festejar o avanço decisivo das tropas, que põe fim a um «pesadelo» de anos e que, de acordo com números oficiais – divulgados pela Prensa Latina –, custou a vida a mais de 11 mil civis desde 2012.
O avanço fulminante do EAS deu-se em pleno colapso das forças jihadistas, que saquearam e queimaram o que puderam – incluindo os seus quartéis-generais – antes de se retirarem dos pontos que ocupavam.
Num comunicado hoje emitido, o Comando Geral do Exército e das Forças Armadas sublinha que «os heróis [do EAS] conseguiram cumprir as suas tarefas com elevada eficiência em tempo recorde, tendo recuperado o controlo total de dezenas de aldeias e cidades na oeste e noroeste de Alepo». Acrescenta que o EAS continuará a avançar na luta pela erradicação do terrorismo de toda a Síria, «por mais apoio que [os terroristas] tenham dos seus patrocinadores e protectores».
Começam as obras na auto-estrada Alepo-Damasco
Na sexta-feira, o EAS assegurou o controlo total da principal auto-estrada da Síria (M5), que comunica Daraa a Damasco, Homs, Hama e Alepo, e liga as fronteiras sírias com a Turquia, no Norte, e com a Jordânia, no Sul.
Tal operação implicou a libertação, no último mês, de troços da rodovia que estavam em poder dos terroristas e de localidades adjacentes em ambos os lados da M5, de onde os grupos terroristas facilmente podiam atacar a rodovia nas províncias de Idlib e Alepo.
Menos de 24 horas depois de anunciada a libertação total, as autoridades sírias deram início às operações de reabilitação da auto-estrada, que nalguns troços não tem alcatrão.
Os sapadores do Exército desactivaram centenas de minas e bombas deixadas pelos jihadistas, enquanto os bulldozers e camiões removeram rochas e barreiras de terra, além de dezenas de viaturas de guerra destruídas, indica a agência SANA.
Seguem-se as obras propriamente ditas, que incluem o asfaltamento das zonas danificadas, a reconstrução de pontes e viadutos, e a instalação de sinalização.
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