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Grandes manifestações na quarta jornada de luta no sector metalúrgico de Pontevedra

Em nova jornada de greve com ampla adesão, milhares de trabalhadores do sector manifestaram-se em Vigo, Pontevedra e Vilagarcía, esta quarta-feira, depois de percorrerem as principais zonas industriais.

Vigo voltou a ser placo de uma grande manifestação dos trabalhadores do sector metalúrgico 
Créditos / CIG

O quarto dia de greve para reivindicar um acordo digno no sector metalúrgico da província galega de Pontevedra ficou marcado por uma «adesão quase total», bem como por milhares de trabalhadores a percorrer, desde as primeiras horas do dia, as principais zonas industriais e a visitar as empresas «mais conflituosas com o seu pessoal».

Mais tarde, as ruas de Vigo, Pontevedra e Vilagarcía de Arousa foram palco de grandes mobilizações, que, segundo refere a Confederação Intersindical Galega (CIG), decorreram sem incidentes, «apesar do forte dispositivo policial» mais uma vez mobilizado por «uma Delegação do Governo espanhol mais preocupada em defender os interesses do patronato do que em garantir o direito à greve e de manifestação».

A CIG congratulou-se com esta «nova demonstração de força» dos trabalhadores do sector e instou o patronato «a reconsiderar a sua postura» e «a sentar-se a negociar uma melhoria efectiva das condições de trabalho», «porque, de outra forma, irá até onde fizer falta para garantir os direitos» dos trabalhadores.

Manifestação em Pontevedra / CIG

Neste sentido, criticou os «comunicados "fascistas"» que a associação patronal ASIME está a tornar públicos, e deixou claro que os trabalhadores não vão desistir no momento de reivindicar «as suas legítimas exigências».

Entre elas, contam-se a manutenção da cláusula de revisão salarial de acordo com o índice de preços ao consumidor real, para compensar a perda de poder de compra dos últimos anos; a redução da jornada anual em 24 horas; aumentos salariais justos – além de outras matérias.

As três centrais sindicais que promovem as mobilizações – CIG, CCOO e UGT – aproveitaram a jornada de luta desta quarta-feira para anunciar dois novos dias de greve, previstos para 12 e 13 de Julho, que se juntam aos já convocados para os dias 6 e 7 do mesmo mês.

Mobilização em Vilagarcía de Arousa / CIG

«É preciso que entendam claramente que não vamos fazer marcha atrás e que continuaremos com as mobilizações até que aquilo que reclamamos obtenha resposta», referiu a CIG.

Despois das grandes manifestações realizadas em Vigo, Pontevedra e Vilagarcía, os piquetes mantiveram a sua actividade nas principais zonas industriais e frente às empresas mais importantes, sobretudo naquelas que assumem «uma atitude mais conflituosa» com os seus trabalhadores, procurando evitar que adiram às greves.

Na maioria dos casos, indica a CIG, os piquetes puderam verificar que as empresas se encontravam sem actividade, e noutros os empregados abandonavam os postos de trabalho para se juntar aos piquetes.

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