Greta Thunberg, a adolescente sueca que em Agosto cruzou o Oceano Atlântico a bordo de um veleiro, propriedade de Pierre Casiraghi (filho da princesa de Mónaco), rumo à cimeira das Nações Unidas, em Nova Iorque, está a ser alvo de escrutínio por parte da imprensa internacional.
Em causa estão ligações entre a campanha protagonizada pela activista e o magnata sueco Ingmar Rentzhog, e o retorno que isso tem trazido para a sua família, que passou a viver em função desta «luta».
A mediatização de Greta e do seu discurso desde o Verão passado, altura em que dá início às sextas-feiras de greve às aulas pelo clima, levou muitos a comoverem-se com a iniciativa da jovem e houve até quem considerasse que tinha condições para ser candidata ao Prémio Nobel da Paz.
Porém, uma reportagem conduzida pelo The Times mostra que a atitude de Greta Thunberg era afinal produto de laboratório. Os «cientistas» são Ingmar Rentzhog e Bo Thoren, que lidera um movimento contra a utilização de combustíveis fósseis.
A este propósito, a BBC, citada pelo El Mundo, revela que Bo Thoren procurava há algum tempo novos rostos para as suas campanhas ecológicas e foi dele que partiu a ideia da greve escolar a nível mundial, tal como a que foi dinamizada por Greta (Fridays for Future).
Ingmar Rentzhog, que durante anos colaborou com o movimento de Al Gore, já trabalhou para empresas energéticas do lóbi ecologista com interesse nas renováveis e geriu importantes fundos de investimento, como o da gigante imobiliária Svenska Bostadsfonden, com mensagens contra os combustíveis fósseis.
Actualmente, Rentzhog lidera o think tank Global Challenge, também conhecido como Global Utmaning, fundado pela ex-ministra Kristina Persson, depois de herdar uma fortuna, sendo administrado pelos empresários mais influentes da Suécia, e foi através da plataforma que fundou (We Don't Have Time) que o magnata deu seguimento à campanha de comunicação da jovem, cuja família terá conhecido meses antes da primeira greve.
Segundo a imprensa internacional, o pai de Greta Thunberg passou a gerir a sua agenda e Daniel Donner é o assessor de imprensa da jovem que, segundo o The Times, trabalha no gabinete de um lóbi com sede em Bruxelas.
Atendendo ainda ao livro que a mãe de Greta publicou uma semana depois de a jovem ter pegado nas primeiras pancartas a favor de uma greve mundial, o jornal britânico escreve que, «consciente ou não, esta jovem é a ponta de lança de uma estratégia de pressão que procura gerar lucros empresariais».
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