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Iémen ameaça responder em força a escalada de bombardeamentos sauditas

A coligação liderada pelos sauditas realizou 42 raides aéreos em 2 províncias do Iémen em menos de 24 horas, refere a al-Masirah. O ministro da Defesa iemenita lançou um forte aviso aos países agressores.

A coligação liderada pelos sauditas lançou há sete dias uma ofensiva sobre a cidade costeira de Hudaydah
O ministro da Defesa iemenita afirma que o seu país está num avançado «estado de prontidão» face à escalada agressora Créditos / dnaindia.com

O major-general Mohammad Nasser al-Atifi afirmou este sábado que as forças aliadas de defesa do Iémen estão preparadas para lançar o contra-ataque e dar uma resposta «dolorosa» aos países que agridem o mais pobre dos países árabes, revelou a cadeia de TV al-Masirah.

O ministro iemenita da Defesa sublinhou que a coligação agressora foi a que começou a guerra contra o seu país, mas, se ela se prolongar, será o Exército do Iémen a controlar a guerra e a pôr-lhe fim, revelou a mesma fonte, referida pela PressTV.

A guerra de agressão contra o Iémen teve início em Março de 2015, com o apoio do Ocidente, tendo como objectivo declarado suprimir a resistência do movimento Huti Ansarullah e recolocar no poder o antigo presidente Abd Rabbuh Mansur Hadi, aliado de Riade. A Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos (EAU) destacaram-se à cabeça dos agressores, tal como o Reino Unido e os EUA ao nível do armamento, do treino militar e do apoio logístico e tecnológico.

Apesar disso, o ministro iemenita disse que o seu país está num avançado «estado de prontidão» e que é hoje «capaz de fazer frente à tecnologia dos agressores», neutralizando os seus efeitos.

Escala de ataques da coligação agressora

Também no sábado, a al-Masirah noticiou que a coligação liderada pelos sauditas tinha levado a cabo pelo menos 42 ataques aéreos nas províncias nortenhas de al-Jawf e Marib num espaço de 24 horas. Foram ainda registados dois ataques na província de Sa'ada no mesmo período.


Além disso, uma entidade encarregue de monitorizar o cessar-fogo na cidade portuária de Hudaydah – na sequência de um acordo alcançado na Suécia em 2018 – reportou dezenas de violações da trégua por parte dos países agressores.

Assim, segundo a Yemen Liaison and Coordination Officers’ Operations Room, a coligação liderada pelos sauditas cometeu 79 violações do cessar-fogo no mesmo espaço de 24 horas.

Coligação travada em al-Dhale e líder do Daesh eliminado

Em plena escalada, as forças iemenitas conseguiram travar o avanço da coligação na província de al-Dhale, no Sudoeste do país, repelindo os ataques do inimigo durante sete horas consecutivas.

Ainda no Sudoeste, os militares iemenitas realizaram uma operação na província de al-Bayda, no decorrer da qual conseguiram «inflingir um grande golpe aos terroristas apoiados pelos sauditas».

De acordo com a informação veiculada pelos militares à al-Masirah, na operação foram mortos o líder do Daesh no Iémen, Abu Walid al-Adani, bem como outros quatro membros de destaque na organização terrorista.

Milhares nas ruas contra o acordo de normalização EAU-Israel

A cidade de Ta'izz, no Sul do Iémen, foi palco de uma grande manifestação, esta sexta-feira, contra o acordo recente entre os EAU e Israel com vista à normalização das suas relações.

Na mobilização, ouviram-se palavras de orem de apoio ao povo palestiniano e contra a «grande traição» que representa qualquer normalização de relações com o Estado sionista, refere a al-Mayadeen.

«Eu também sou palestiniano» ou «Sacrifico-me pela Palestina» foram slogans entoados, entre outros de repúdio pelo acordo alcançado a 13 de Agosto último.

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