A informação foi corroborada ontem mesmo pela agência noticiosa Efe, que cita fontes da autarquia israelita. «Os planos em questão não são novos e foram aprovados há três anos. As deliberações recentes na comissão de urbanismo municipal abordou aspectos técnicos relativos à distribuição do terreno adjudicado no projecto previamente aprovado», indicaram fontes israelitas à agência espanhola, citada pela HispanTV.
Embora o regime israelita pretenda avançar, para já, com a construção de 770 habitações, estas inserem-se num projecto que compreende cerca de 1200 casas, a ser implementado entre o colonato ilegal de Giló, no Sul da Jerusalém ocupada, e a localidade palestiniana de Beit Jala, a Noroeste de Belém, na Margem Ocidental.
O terreno em que as forças ocupantes querem avançar com o projecto encontra-se frente a uma zona onde, nesta altura, Israel completa um segmento do polémico muro de separação da Cisjordânia e onde já se registaram protestos.
O porta-voz municipal afirmou que «a autarquia continua a trabalhar de acordo com o programa de desenvolvimento da cidade e irá continuar a desenvolver Jerusalém». Estes planos não são diferentes de muitos outros levados a cabo pelo regime israelita, que conduziram a um aumento drástico do número de colonatos ilegais em Jerusalém e na Margem Ocidental.
No início deste mês, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, aprovaram o projecto de construção de mais 800 casas para colonos em Jerusalém Leste e arredores: 560 fogos no colonato de Ma'ale Adumim, na Cisjordânia ocupada, e 140 em Ramot, em Jerusalém Leste.
As Nações Unidas e um grande número de países consideram ilegais os colonatos israelitas, na medida em que foram e são construídos em territórios capturados à Palestina por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, violando assim o princípio da Convenção de Genebra que proíbe a construção em territórios ocupados.
Estima-se que mais de meio de milhão de colonos israelitas vivam em colonatos ilegais nos territórios ocupados da Cisjordânia e de Jerusalém Leste.
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