As autoridades israelitas prosseguiram, na manhã desta terça-feira, com as demolições na Margem Ocidental ocupada, alegando que as estruturas visadas não tinham as licenças de construção necessárias, que, refere a agência Ma'an, são muito difíceis de obter.
As demolições – que tiveram lugar em Sabastiya (perto de Nablus), em Umm al-Kheir (junto a Hebron) e em al-Jiftlik (em Jericó) – foram denunciadas, num comunicado, pelo primeiro-ministro da Autoridade Palestiniana, Rami Hamdallah, que acusa «Israel de estar a destruir implacavelmente os bens e as casas dos palestinianos para abrir caminho a mais colonatos ilegais».
Na aldeia de Umm al-Kheir os bulldozers israelitas, escoltados por militares, demoliram cinco casas de habitação de uma mesma família, que tinham sido construídas com fundos da União Europeia (UE).
Ratib al-Jubour, porta-voz de um comité popular local, disse à Ma'an que as forças israelitas atacaram os palestinianos que tentaram impedir as demolições. Acrescentou que a aldeia já tinha sido alvo de demolições em oito ocasiões.
Em Abril último, 35 habitantes de Umm al-Kheir ficaram na rua de um momento para o outro, depois de as forças israelitas terem destruído as suas casas sem qualquer aviso. Na altura, Suleiman al-Hathalin, residente na localidade, classificou as demolições como «limpeza étnica».
A aldeia vive sob ameaça constante desde que, em 1981, foi fundado o colonato ilegal de Karmel, que tem alargado os seus domínios à custa da terra dos aldeões palestinianos.
Também hoje, as forças israelitas demoliram três casas em al-Jiftlik, em Jericó, com o argumento de que tinham sido construídas sem licença.
Estabelecimentos demolidos em Sabastiya
Perto de Nablus, no Norte da Margem Ocidental ocupada, os bulldozers israelitas deitaram abaixo um restaurante e uma loja de antiguidades. De acordo com informações oficiais a que a Ma'an teve acesso, os israelitas alegam que os estabelecimentos não tinham licenças, apesar de estarem abertos há vários anos.
Esta manhã, os bulldozers apareceram na parte ocidental de Sabastiya escoltados por veículos militares, que impuseram o recolher obrigatório na região, acrescentaram as mesmas fontes.
Ainda em Sabastiya, na segunda-feira, um palestiniano foi obrigado a demolir o celeiro na sua quinta, depois de os israelitas o terem ameaçado na noite anterior: se não o fizesse, teria de pagar uma multa e o celeiro seria demolido por bulldozers militares.
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