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Trabalhadores ferroviários em Itália não desistem

Para a central sindical USB, a greve deste domingo na ferrovia italiana foi um «grande êxito». Os trabalhadores lutam por melhores salários, a redução da jornada laboral e a renovação dos acordos colectivos.

imagem representativa Créditos / ilsaronno.it

No seu portal, a Unione Sindacale di Base (USB) destacou a elevada adesão à jornada de luta dos ferroviários italianos, precisando que a média foi de 75%, com picos de 100% nalgumas zonas e com grande número de comboios cancelados ou com atrasos.

«Na sua sétima greve, os trabalhadores voltaram a dar um sinal claro e cada vez mais forte», afirma a organização sindical, que sublinha o facto de o protesto ter envolvido diversos sectores no grupo Ferrovie dello Stato (FSI), na Trenitalia, Trenitalia Tper e Trenord, mesmo num contexto de limitações ao exercício da greve.

A «grande acção de força e dignidade» dos ferroviários italianos prende-se com a falta de resposta a reivindicações como: o reforço da saúde, segurança e protecção dos ferroviários; o seu reconhecimento profissional e reconhecimento da penosidade do seu trabalho, que «nos últimos anos se tornou cada vez mais insustentável, a nível físico e social, também por via do aumento da idade da reforma».

Os trabalhadores também reclamam a redução do horário de trabalho; mais descanso entre turnos; salários adequados; a renovação dos acordos colectivos e a defesa do direito à greve.

Numa nota que precedeu a realização desta paralisação, que começou às 21h de sábado e terminou às 20h59 de domingo, a USB afirmava a necessidade da greve «para reivindicar o direito a uma renovação contratual digna, tendo em conta que tanto o Ministério dos Transportes como o Grupo FSI se recusam não só a aceitar as reivindicações dos trabalhadores, mas também a discuti-las» com os seus representantes.

Segundo referiram diversos órgãos da imprensa italiana, a greve dos ferroviários provocou grandes «inconvenientes» aos passageiros, devido ao cancelamento de comboios e aos atrasos, por todo o país transalpino.

A USB responsabilizou o governo italiano e as empresas do sector por esses «inconvenientes causados aos cidadãos» e deixou claro que os ferroviários não vão deixar de lutar pelos seus direitos.

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