A medida, prolongada por mais um ano pela administração que está de saída, «declara de forma absurda e tendenciosa a Nicarágua como "uma ameaça inusual e extraordinária para a segurança nacional e a política externa dos Estados Unidos"», refere o bloco de integração regional num comunicado emitido esta segunda-feira.
Para os países-membros da ALBA-TCP, a intenção oculta desta ordem executiva «reiterada e intervencionista é promover uma mudança de governo de forma inconstitucional na Nicarágua».
«O esquema de sanções criminosas e ilegais impostas ao Estado nicaraguense desde 2018 não tem outro objectivo que gerar dificuldades e restricções ao povo, visando facilitar acções de agressão e intervenção por parte do governo dos Estados Unidos», afirma o texto.
No contexto da renovação da ordem executiva 13851, o organismo de integração denuncia ao mundo «o ataque continuado da elite governante de Washington» à República da Nicarágua, frisando que tal constitui uma violação dos princípios consagrados na Carta das Nações Unidas e do Direito Internacional, «incluindo o direito à autodeterminação do povo de Sandino e o princípio de não ingerência nos assuntos internos».
O documento adverte que são estas decisões arbitrárias e medidas coercivas unilaterais que «constituem uma verdadeira ameaça inusual, ilegal e cada vez mais comum contra a paz e o direito ao desenvolvimento da Nicarágua e de dezenas de países e milhares de milhões de seres humanos em todo o mundo».
Saudação ao povo uruguaio pela «vitória soberana»
Também na segunda-feira, os países que integram a ALBA-TCP aplaudiram a celebração, na véspera, da segunda volta das eleições presidenciais no Uruguai, da qual resultou a eleição do candidato da Frente Ampla, Yamandú Orsi, como novo Presidente da República.
Este resultado «expressa uma derrota significativa das políticas neoliberais e das posições anti-populares», defende o bloco regional, que deseja a Yamandú Orsi e à Frente Ampla êxito para levar novamente o país austral pela «senda do progresso e do bem-estar social».
A Aliança Bolivariana mostra-se ainda convencida de que o presidente recém-eleito (com 52,08% dos votos, face aos 47,92% de Álvaro Delgado, candidato da direita) «saberá retomar o caminho inadiável da unidade latino-americana e caribenha».
Dez países integram a ALBA-TCP: Antígua e Barbuda, Bolívia, Cuba, Dominica, Granada, Nicarágua, Santa Lúcia, São Cristóvão e Neves, São Vicente e Granadinas, e Venezuela.
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