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Israel volta a bombardear a Faixa de Gaza

Aviões militares israelitas atacaram esta terça-feira vários pontos na cidade Khan Younis, no Sul do enclave cercado.

Bombardeamento israelita contra Gaza (imagem de arquivo)
Créditos / PressTV

De acordo com o canal libanês Al Mayadeen e agências palestinianas, o ataque israelita desta noite foi tão forte que as explosões faziam «tremer toda a Faixa e Gaza».

Num comunicado, os militares israelitas justificaram o ataque de grande dimensão – contra alegados alvos do movimento Hamas – com o lançamento de balões incendiários para o Sul dos territórios ocupados em 1948, actual Israel.

Nas últimas semanas, registaram-se vários confrontos ao longo da vedação com que Israel cerca o enclave costeiro, com centenas de palestinianos a concentrarem-se ao pôr-do-sol para denunciar o bloqueio de Telavive a Gaza, bem como a política de ocupação na Margem Ocidental.

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Israel bombardeia a Faixa de Gaza e reduz a zona de pesca

Israel bombardeou vários pontos na Faixa de Gaza, depois de ter reduzido de 12 para seis milhas náuticas a zona de pesca do enclave, onde vivem cerca de dois milhões de palestinianos.

Imagem dos bombardeamentos israelitas sobre Gaza em Maio último Créditos / WAFA

A aviação israelita disparou vários mísseis para terras agrícolas na área de al-Sudania e contra um alvo a leste de Khan Yunis, na parte sul do enclave cercado, ontem à noite, refere o Palestinian Information Center.

Por seu lado, fontes militares israelitas afirmaram, em comunicado, que os mísseis visavam alegadamente alvos do movimento de resistência Hamas e que os ataques foram perpetrados em resposta ao lançamento, a partir de Gaza, de balões incendiários, que tinham provocado quatro pequenos incêndios perto de Gaza.

Hazem Qassem, porta-voz do Hamas, referiu-se aos ataques israelitas como uma «tentativa falhada de mostrar o seu próprio poder militar impotente e restaurar a imagem manchada do seu Exército», depois dos bombardeamentos de Maio último.

Então, Telavive bombardeou a faixa cercada durante 11 dias, como retaliação pela resistência palestiniana à violenta repressão no Complexo da Mesquita de al-Aqsa, em Jerusalém, e aos planos de expulsão de famílias palestinianas do Bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental ocupada.

Mais de 300 palestinianos foram mortos durante a ofensiva israelita. Doze israelitas morreram na sequência do lançamento de rockets pela resistência palestiniana a partir de Gaza.

Também ontem, Telavive anunciou que iria reduzir para metade, «com efeito imediato» e até novo aviso, a zona de pesca da Faixa de Gaza.

Intensificação do bloqueio

Desde Maio, Israel intensificou as medidas de bloqueio económico e comercial que aplica ao enclave costeiro desde 2007.

No contexto dessas medidas punitivas, as autoridades israelitas impediram ontem a entrada de 25 camiões carregados com combustível para abastecer a única central de produção eléctrica no enclave.

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Israel proíbe a entrada de combustíveis em Gaza

Israel anunciou esta quarta-feira a proibição da entrada de combustíveis no território palestiniano cercado, intensificando o bloqueio que dura desde 2007, com graves consequências humanitárias.

Com o aperto do bloqueio, o abastecimento de electricidade aos habitantes de Gaza será ainda mais precário
Créditos / laizquierdadiario.com.ve

Em comunicado, o Ministério israelita da Defesa decretou ontem a proibição, a partir de hoje e por tempo indeterminado, da entrada de gás de cozinha e combustíveis líquidos na Faixa de Gaza através da passagem de Kerem Shalom/Karam Abu Salem, única via de entrada de mercadorias no território palestiniano.

O ministro da Defesa israelita, Avigdor Lieberman, declarou que a decisão visava pôr cobro aos protestos dos palestinianos junto à vedação que cerca o território de Gaza e que «o regresso da passagem de Kerem Shalom à operacionalidade total dependia do fim do envio de balões incendiários», por parte dos manifestantes em Gaza, para território israelita.

No início de Julho, Israel já tinha decretado a proibição da passagem de mercadorias pelo posto de Kerem Shalom/Karam Abu Salem, mas deixando de fora combustíveis, alimentos e medicamentos. Posteriormente, os combustíveis foram adicionados à lista de artigos interditados, e «o anúncio de Lieberman torna essa decisão permanente», revela o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), que em meados de Julho denunciava o agravamento da grave crise humanitária em Gaza, em virtude das medidas punitivas de Israel.

Nos últimos tempos, as autoridades israelitas têm intensificado o bloqueio contra o território, «na realidade uma gigantesca punição colectiva, em retaliação pelo prosseguimento dos protestos» da Grande Marcha do Retorno no território cercado.

Estas manifestações, que tiveram início em 30 de Março deste ano, exigem precisamente o fim do bloqueio israelita, que dura há 11 anos, bem como o direito de retorno dos refugiados palestinianos às terras de onde foram expulsos no processo de limpeza étnica que acompanhou a formação do Estado de Israel, em 1948.

Desde o seu começo, as forças israelitas reprimiram os protestos de forma violenta, tendo morto pelo menos 155 manifestantes palestinianos e provocado mais de 15 mil feridos.

O aperto do bloqueio irá contribuir para a deterioração das precárias condições de saneamento, saúde e de abastecimento de água que afectam os cerca de dois milhões de habitantes no pequeno enclave e que são agravadas, «com efeitos devastadores», pela escassez de combustíveis e os cortes de eletricidade.

Na segunda-feira passada, a companhia de electricidade da Faixa de Gaza anunciou mais uma redução no fornecimento, depois de a sua única central de produção ter deixado de funcionar. Para além disso, um cabo que fornecia eletricidade a partir de Israel está cortado há cerca de uma semana, revela o MPPM.

Neste cenário, em vez de 16 horas diárias, os habitantes de Gaza sofrerão cortes de electricidade de 18 horas por dia.

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A agência Maan precisou que as forças israelitas proibiram a entrada da caravana pela passagem de Kerem Shalom, sem dar qualquer explicação.

«Mais restrições em Gaza apenas vão criar uma explosão face à ocupação», afirmou Abd al-Latif al-Qanou, representante do Hamas, em declarações a uma rádio local.

«O nosso povo não vai continuar de braços cruzados perante o cerco e as acções para dificultar a reconstrução da faixa», destacou, aludindo aos danos causados pelos bombardeamentos em Maio.

Há uma semana, comerciantes alertaram para o colapso do sector produtivo no território palestiniano devido aos ataques israelitas recentes.

«Mais de mil instalações económicas foram destruídas; se não houver soluções rápidas, a economia local colapsará, o que fará aumentar ainda mais as taxas de desemprego e pobreza», afirmou Ali al-Hayek, director da Associação de Empresários Palestinianos.

O Banco Mundial estimou em 570 milhões de dólares o valor das perdas no enclave como consequência dos bombardeamentos israelitas.

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As forças israelitas reprimiram os protestos de forma violenta, disparando fogo real e provocando a morte a pelo menos duas pessoas.

Abdel Latif al-Qanou, porta-voz do Hamas, afirmou que os protestos vão continuar até que a entidade sionista elimine o cerco contra o território palestiniano.

«O nosso povo está decidido a romper o assédio. Todas as opções estão sobre a mesa, assim como todos os meios para pressionar a ocupação e obrigá-la a levantar o bloqueio», sublinhou, citado pela Prensa Latina.

Um outro representante do Hamas, Hazem Qassem, disse que os ataques aéreos desta madrugada no Sul da Faixa de Gaza tiveram lugar na sequência da fuga de seis prisioneiros palestinianos da prisão de alta segurança de Gilboa, refere a PressTV.

«Os raides, acrescentou, fazem parte das tentativas do regime para esconder a sua incapacidade e derrota face às lutas dos palestinianos contra a ocupação.»

De acordo com a fonte, o Comando Sul dos militares israelitas intensificou os preparativos perante um eventual romper da trégua alcançada em Maio, por iniciativa do Egipto, depois do «massacre a Gaza», que durou 11 dias e provocou cerca de três centenas de mortos.

Mais de 4600 palestinianos nas cadeias israelitas

Num relatório ontem apresentado, a Sociedade dos Prisioneiros Palestinianos (SPP) revelou que há 4650 palestinianos presos em 23 cadeias israelitas, entre eles 200 menores e 40 mulheres.

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Israel prendeu cerca de mil menores palestinianos em 2021

Cerca de mil jovens e crianças, 73 deles menores de 14 anos, foram presos este ano pelas forças israelitas, revelou o Centro de Estudos dos Prisioneiros Palestinianos.

Um jovem palestiniano é preso na Cisjordânia, na sequência dos protestos contra a decisão norte-americana sobre Jerusalém
Créditos / palestinalibre.org

Sob instrucções directas dos seus superiores, as forças de ocupação visam sistematicamente os menores, para os dissuadir de resistir à ocupação, negando-lhes assim o seu direito à educação, informa o relatório apresentado na semana passada.

O texto, assinado pelo director do Centro de Estudos dos Prisioneiros Palestinianos, Riyad al-Ashqar, regista a escalada no número de detenções de menores palestinianos por parte das forças israelitas e destaca que todos os menores foram submetidos a diversas formas de tortura e maus-tratos a partir do momento da detenção, informam as agências Safa e Prensa Latina.

O texto denuncia igualmente que as tropas de Telavive prenderam diversos menores depois de os atingir a tiro, por vezes de forma grave, tendo interrogado alguns deles no hospital – procurando obter «confissões» em troca do acesso a medicamentos.

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Israel prendeu 5426 palestinianos na primeira metade do ano

Grupos de defesa dos presos apresentaram um relatório sobre o primeiro semestre de 2021. Nas cadeias israelitas, há actualmente 4850 palestinianos, 540 dos quais ao abrigo da «detenção administrativa».

Os palestinianos estão a ser detidos em aldeias e cidades dos territórios ocupados em 1948 por terem apoiado Gaza 
As forças israelitas prenderam mais palestinianos no primeiro semestre deste ano do que em todo o ano de 2020 Créditos / Middle East Monitor

Entre os palestinianos que se encontram nos cárceres de Israel, contam-se 43 mulheres e 225 menores, segundo o documento conjunto divulgado este fim-de-semana pela Comissão dos Assuntos dos Presos e ex-Presos Palestinianos, a Sociedade dos Presos Palestinianos, a Addameer e o Centro de Informação Wadi Hilweh.

Os organismos referidos precisaram que 12 presos são membros do Conselho Legislativo Palestiniano (Parlamento), 70 são provenientes dos territórios ocupados em 1948, 350 são originários de Jerusalém ocupada e 240 da Faixa de Gaza cercada.

O informe destaca a existência de 540 prisioneiros palestinianos em detenção administrativa, sem acusação formada ou julgamento, por períodos de seis meses indefinidamente renováveis.

Quase 5500 detidos em seis meses

No que respeita a detenções, os organismos de defesa dos presos revelaram que Israel prendeu 5426 palestinianos entre 1 de Janeiro e 30 de Junho deste ano – um número superior a todas as detenções efectuadas pelas forças israelitas em 2020 e registadas por estas organizações: 4636.

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Forças israelitas prenderam 230 menores palestinianos desde Janeiro

Por ocasião do Dia da Criança Palestiniana, que se assinala a 5 de Abril, a Comissão dos Assuntos dos Presos e ex-Presos Palestinianos revelou também que 140 menores permanecem em cadeias israelitas.

Um soldado israelita detém um rapaz palestiniano, juntamente com outros quatro, perto do posto avançado de Havot Maon, na Margem Ocidental ocupada, a 11 de Março de 2021 
Créditos / Anadolu

Os menores palestinianos, alguns dos quais crianças, continuam a ser alvo das forças militares israelitas, que os prendem, muitas vezes de forma violenta, nos territórios ocupados.

De acordo com um relatório publicado este domingo pela Sociedade dos Prisioneiros Palestinianos, pelo menos 230 foram detidos desde o início do ano, a maioria dos quais em Jerusalém Oriental ocupada.

O grupo de defesa dos direitos dos presos sublinhou que «as crianças encarceradas são submetidas a vários tipos de abusos, incluindo «a recusa de comida e de bebida por longas horas, abuso verbal e a detenção em condições duras».

O informe veio a lume na véspera do Dia da Criança Palestiniana, que se assinala a 5 de Abril, com actividades culturais, educativas e mediáticas que, refere a PressTV, visam reforçar a consciência sobre o sofrimento dos menores palestinianos.

Detenção administrativa e maus-tratos

Também no âmbito do Dia da Criança Palestiniana, a Comissão dos Assuntos dos Presos e ex-Presos Palestinianos revelou que 140 menores permanecem em cadeias israelitas, incluindo dois que se encontram presos ao abrigo do regime de detenção administrativa.

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A «viagem ao inferno» dos jovens palestinianos detidos por Israel

Uma comissão da ONU reafirmou denúncias expostas em vários relatórios sobre detenções de menores palestinianos por Israel – quase sempre presos de noite, algemados e vendados. É o início da «viagem ao inferno».

Um jovem palestiniano é preso na Cisjordânia, na sequência dos protestos contra a decisão norte-americana sobre Jerusalém
Créditos / palestinalibre.org

A instância, composta por especialistas independentes das Nações Unidas, expressou particular preocupação pela expansão dos colonatos e o aumento da violência dos colonos israelitas, em que se incluem ataques a crianças e às suas escolas.

Segundo se pode ler no portal oficial de notícias da ONU, na semana passada diversas organizações informaram a comissão sobre as operações nocturnas levadas a efeito pelas forças israelitas com o propósito de deter crianças e adolescentes na Cisjordânia ocupada, com «graves consequências para o seu bem-estar e gozo dos seus direitos».

«Mais de 300 crianças estão detidas no sistema militar israelita. A maioria por delitos menores, como atirar pedras e publicações nas redes sociais», assinala a comissão, que denuncia o facto de os menores serem «levados para locais desconhecidos, presos em viaturas militares e sujeitos a ameaças e abusos verbais», bem como o facto de, por vezes, serem «obrigados a assinar confissões em hebraico, uma língua que não costumam entender».

Estas preocupações reafirmam as que têm sido veiculadas, ao longo do tempo, por várias entidades, nomeadamente a Comissão dos Prisioneiros Palestinianos, órgão dependente da Autoridade Palestiniana que, em diversas ocasiões (também este ano), alertou para o facto de os menores serem torturados e sofrerem abusos nos cárceres israelitas, bem como para o facto de serem espancados, insultados e pressionados no momento da detenção.

No final de Março, um relatório publicado pelo Ministério palestiniano da Informação denunciava também esta realidade, afirmando que «95% das crianças palestinianas presas pelas autoridades israelitas foram torturadas durante a detenção».

De acordo com o relatório, até 2015 foram documentadas anualmente 700 detenções de menores palestinianos. Já em 2017, Israel prendeu 1467 crianças e adolescentes; 1063 no ano seguinte e, nos dois primeiros dois meses deste ano, 118. Entre 2000 e 2018, foram presos mais de 16 mil menores.

Uma «viagem sem fim ao inferno»

Numa peça intitulada «“Endless Trip to Hell”: Israel Jails Hundreds of Palestinian Boys a Year. These Are Their Testimonies», publicada em Março e plenamente actual, o periódico israelita Haaretz aborda esta realidade, em que as crianças, algumas com idades inferiores a 13 anos, «são detidas pela calada da noite, vendadas e algemadas, alvo de abusos e constrangidas» a confessar «crimes» que não cometeram.

A peça, que reúne testemunhos de sete jovens da Margem Ocidental ocupada com idades compreendidas entre os dez e os 15 anos, revela as diversas fases do processo de detenção, que começa nas operações nocturnas e passa pelo interrogatório, a prisão, o julgamento e a proposta de um acordo.

Na sua maioria, os jovens são presos por, alegadamente, terem atirado pedras ou queimado pneus, mas, como sublinha a advogada Farah Bayadsi o objectivo das detenções «é mais para mostrar controlo do que para aplicar a lei».

A experiência traumática é fundamentada por tudo aquilo por que as crianças passam durante uma detenção. Arrancadas de casa quando dormem, são algemadas e vendadas, levadas em veículos militares para colonatos e bases israelitas, passando por todo um processo que envolve intimidação, ameaças, agressões físicas, afastamento da família e pressão para «confessar».


O nível de brutalidade varia. Khaled Mahmoud Selvi, preso quando tinha 15 anos, foi levado para a prisão e despido (o que, de acordo com o jornal, ocorre em 55% dos casos), tendo sido obrigado a permanecer dez minutos nu, em pé, durante o Inverno.

De acordo com os dados recolhidos pela organização não governamental (ONG) British-Palestinian Military Court Watch, 97% dos jovens palestinianos detidos pelas forças militares israelitas (IDF) vivem em pequenas localidades a menos de dois quilómetros de um colonato.

O advogado Gerard Horton, da ONG referida, afirma que a ideia é «assustar toda a aldeia» e que se trata de um «instrumento eficaz» para controlar uma comunidade. Acrescenta que, do ponto de vista dos ocupantes e opressores, a pressão «tem de ser constante»: «Cada geração tem de sentir a mão pesada das IDF.»

A experiência é traumática. O pai de Khaled Shtaiwi, preso com 13 anos em Novembro do ano passado, contou ao periódico que criou na sua aldeia o «dia da psicologia», porque o seu filho não é capaz de falar sobre o que se passou e porque quer ajudar todas as crianças que foram presas pelos israelitas.

Em Beit Ummar, Omar Ayyash foi preso com dez anos de idade, em Dezembro último. Agora, as crianças que brincam nas ruas da aldeia afastam-se assim que se apercebem da aproximação de soldados israelitas. Tornou-se um hábito desde que as tropas levaram Omar.

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Por seu lado, a organização Defense for Children International – Palestine (DCIP) destacou que todos os anos entre 500 e 700 menores palestinianos são processados em tribunais militares israelitas e que 85% das crianças palestinianas detidas em 2020 foram «submetidas a violência física».

Num comunicado, a DCIP afirma ter documentado 27 casos em que as crianças foram mantidas na solitária um ou dois dias, alegando as forças israelitas «objectivos de investigação». Esta prática é, segundo o organismo, uma forma de «tortura ou tratamento cruel, desumano e degradante».

Desde Outubro de 2015, a DCIP registou a 36 ordens de detenção administrativa decretadas contra menores palestinianos, dois dos quais se mantêm nesse regime.

Ainda de acordo com o organismo sediado em Genebra, em 2020, as forças israelitas mataram nove menores palestinianos na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental, e na Faixa de Gaza, seis dos quais com fogo real.

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O relatório divulgado este fim-de-semana informa que, entre os palestinianos detidos pelas forças israelitas, se incluem 854 menores e 107 mulheres, tendo sido emitidas na primeira metade do ano 680 ordens de detenção administrativa, incluindo 312 novas.

No mês de Junho foram presos 615 palestinianos, revela o texto, destacando que Maio foi de longe o mês em que se registou um maior número de detenções na primeira metade deste ano.

Então, mês de massacre contra Gaza e de múltiplas provocações sionistas no Complexo da Mesquita de al-Aqsa e em Jerusalém Oriental ocupada, as forças israelitas prenderam 3100 palestinianos, incluindo 2000 nos territórios ocupados em 1948 (actual Estado de Israel) e 677 em Jerusalém Oriental ocupada, informa a WAFA.

Vários presos em greve de fome contra a detenção administrativa

De acordo com a Comissão dos Assuntos dos Presos e ex-Presos Palestinianos, há actualmente nove presos em greve de fome nos cárceres israelitas como forma de protesto contra o regime de detenção administrativa que lhes foi aplicado.

A Comissão pediu às instâncias internacionais e regionais de defesa dos direitos humanos que pressionem as autoridades israelitas no sentido de acabar com os maus-tratos aos presos em greve de fome, que passam também pela sua reclusão na solitária.

Os presos palestinianos recorrem com frequência a esta forma de luta contra um regime de detenção ilegal, cujo fim exigem.

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Actualmente, revela o texto, 230 menores continuam atrás das grades. Três encontram-se presos ao abrigo do regime de detenção administrativa – sem acusações nem processo penal –, 102 foram condenados a várias penas de prisão e os restantes aguardam por julgamento.

O relatório denuncia que os menores palestinianos estão encarcerados em condições bastante severas nos centros penitenciários israelitas, onde são insultados, ameaçados e torturados, em violação das convenções internacionais de direitos humanos.

As autoridades israelitas – acusa o documento – aproveitaram a pandemia de Covid-19 como instrumento para reprimir e aterrorizar as crianças palestinianas nas cadeias, não lhes proporcionando medidas de protecção contra o vírus ou mantendo-as na «solitária» com o pretexto da quarentena.

As forças de ocupação prenderam no primeiro semestre deste ano mais de 5400 palestinianos, incluindo 854 menores e 107 mulheres, segundo um relatório divulgado em Julho pela Comissão dos Assuntos dos Presos e ex-Presos Palestinianos, a Sociedade dos Presos Palestinianos, a Addameer e o Centro de Informação Wadi Hilweh.

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A SPP precisou, em comunicado, que 544 cumprem uma ou mais penas perpétuas e 520 estão atrás das grades ao abrigo do regime de detenção administrativa, noticia a WAFA.

Desde o início da ocupação da Cisjordânia, em 1967, pelo menos 226 prisioneiros palestinianos morreram em cadeias israelitas; desses, 75 foram vítimas de «assassinato premeditado», 73 faleceram enquanto eram torturados e 71 por negligencia médica, revela o documento.

De acordo com um relatório recentemente divulgado pelo Centro de Estudos dos Prisioneiros Palestinianos, Israel prendeu cerca de mil crianças e jovens palestinianos em 2021.

O texto, subscrito pelo director do Centro, Riyad al-Ashqar, destacou que todos eles foram submetidos a diversas formas de tortura e maus-tratos a partir do momento da detenção.

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