Num relatório conjunto ontem divulgado, a Comissão dos Presos, a Sociedade dos Presos, a Addameer e o Centro de Informação Wadi Hilweh afirmam que pelo menos 200 dos palestinianos presos por Israel no mês passado são de Jerusalém Oriental ocupada.
Outros 240 palestinianos foram detidos no mesmo período em várias províncias da Margem Ocidental ocupada, incluindo Hebron (Al-Khalil), Ramallah, Belém, Jenin, Tulkarem, Qalqilya, Jericó, Tubas e Salfit, informa a agência WAFA. Dois dos presos são da Faixa de Gaza cercada.
Entre os palestinianos detidos em Outubro pelas forças de ocupação contam-se 63 menores e 16 mulheres, precisa a agência, acrescentando que, no mês passado, as autoridades israelitas decretaram 68 ordens de detenção administrativa contra «activistas palestinianos».
A detenção administrativa permite a Israel manter os palestinianos na cadeia sem acusação nem julgamento, renovando indefinidamente os períodos de detenção. Para protestar contra esta prática, os presos palestinianos têm recorrido continuamente a greves de fome por tempo indeterminado.
Um exemplo recente é o de Maher al-Akhras, que passou 103 dias em greve de fome contra a sua quinta detenção administrativa e pela sua libertação imediata, tornando-se um símbolo da luta do povo palestiniano contra a opressão dos ocupantes sionistas e pelos seus direitos inalienáveis.
De acordo com a WAFA, pelo menos 4500 palestinianos continuam presos em cárceres israelitas, 40 dos quais são mulheres e 170 são menores.
Em Abril deste ano, a Comissão dos Assuntos dos Presos e ex-Presos Palestinianos alertou para as condições em que os menores palestinianos são mantidos nas cadeias de Israel, bem como para «a tortura e o tratamento degradante» a que são submetidos e que «violam os princípios internacionais dos direitos humanos».
De acordo com o organismo, as forças israelitas prenderam mais de 17 mil menores palestinianos desde 2000, havendo registo de detenções de crianças com idades inferiores a dez anos.
Nos últimos meses, representantes das Nações Unidas exigiram a Israel a libertação dos menores palestinianos, tendo em conta o contexto de pandemia de Covid-19.
Por seu lado a Sociedade dos Presos Palestinianos manifestou recentemente a preocupação com o estado de saúde dos prisioneiros palestinianos nas cadeias israelitas, afirmando que mais de uma dezena tinham testado positivo ao novo coronavírus.
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