Pelo menos 36 pessoas perderam a vida e meia centena ficaram feridas na sequência de ataques aéreos israelitas, esta quarta-feira, à cidade de Palmira, localizada no deserto sírio, cerca de 300 quilómetros a nordeste de Damasco.
Numa nota divulgada pela Sana, o Ministério da Defesa informou que, por volta das 13h30, «o inimigo israelita lançou um ataque aéreo a partir da direcção de al-Tanf», zona ocupada pelas tropas norte-americanas junto à fronteira com a Jordânia e o Iraque.
O texto acrescenta que os bombardeamentos provocaram também danos materiais de monta nos edifícios atacados e arredores.
«Esta agressão faz parte dos crimes reiterados da entidade sionista contra os países e povos da região», afirmou posteriormente o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros, num documento em que destaca que «estas barbaridades cometidas na Síria, no Líbano e na Palestina constituem uma ameaça real para a segurança e a estabilidade regionais».
Também critica o Conselho de Segurança das Nações Unidas, afirmando que, se a tomada de decisões ali depende de um só Estado, «este organismo já perdeu a sua credibilidade na manutenção da paz e da segurança internacionais».
«A Síria pede a todos os países do mundo que cumpram o seu dever humanitário e tomem uma atitude firme para travar os massacres em série que o ocupante israelita comete na região, bem como para incriminar os seus dirigentes e garantir que não escapam ao castigo», afirma o texto divulgado pela Sana.
Palmira, declarada património da Humanidade pela Unesco em 1980, foi ocupada por duas vezes pelos terroristas do Daesh, sendo libertada pelo Exército Árabe Sírio com o apoio das tropas russas em 2016.
Israel intensificou as acções militares contra território sírio, com mais de 130 ataques no período de quase um ano – coincidente com agressões à Faixa de Gaza e ao Líbano –, que provocaram pelo menos 120 mortos e grandes danos materiais, refere a agência estatal.
Entre os mais recentes conta-se o de quinta-feira passada contra o bairro residencial de Mazzeh, em Damasco, e o de Qudseya, nos arredores da capital síria, que provocou a morte a 19 pessoas e 16 feridos, na sua maioria mulheres e crianças.
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