De acordo com a cadeia de TV iemenita Al-Masirah, citada pela Press TV, os ataques perpetrados hoje pela aviação militar saudita deixaram sete vítimas mortais na província de Sa'ada, no Norte do país. Antes, a Associated Press já havia noticiado a existência de pelo menos 15 vítimas mortais na província de Ta'izz, no Sudoeste do Iémen, também na sequência de bombardeamentos sauditas realizados hoje.
Estes ataques seguem-se aos 44 que, no domingo, foram registados em todo o país pela agência noticiosa Saba e que terão provocado a morte a pelo menos quatro crianças e uma mulher na província de Hajjah (Noroeste do país).
A Arábia Saudita lidera uma intensa campanha militar contra o seu vizinho do sul na Península Arábica desde Março de 2015, com o intuito declarado de esmagar a resistência do movimento popular Ansarullah e de recolocar no poder o antigo presidente Abd Rabbuh Mansur Hadi, aliado de Riade.
Situação «catastrófica»
Apoiada por Washington e Londres, a campanha militar já provocou mais de 10 mil mortos no Iémen, destruiu uma parte significativa das suas infra-estruturas e esteve na origem da situação humanitária que as Nações Unidas classificam como «catastrófica».
Numa sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) que teve lugar no final de Fevereiro, responsáveis do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (UNOCHA, na sigla em inglês) alertaram para a situação que se vive no país árabe ao cabo de três anos de conflito, nomeadamente para «a ameaça crescente da fome e da cólera».
Os responsáveis da organização precisaram que 22,2 milhões de pessoas necessitam de ajuda alimentar e que 8,4 milhões são severamente afectadas pela fome. Desde Abril do ano passado, acrescentaram, a epidemia de cólera infectou 1,1 milhões de pessoas e matou mais de 2200.
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