A Sociedade dos Presos Palestinianos (SPP) revelou este domingo que os guardas prisionais isarelitas entraram nas celas e atacaram os presos palestinianos no centro de detenção de Ofer, perto da cidade de Ramallah (Cisjordânia ocupada).
Os guardas confiscaram todos os equipamentos eléctricos aos presos e destruíram os seus pertences pessoais como uma medida punitiva, acrescentou a SPP.
Por seu lado, a Comissão dos Assuntos dos Presos e ex-Presos Palestinianos disse que a «atmosfera extremamente quente e húmida no interior das celas israelitas» tornou as vidas dos presos palestinianos um «inferno». De acordo com a comissão, a intensa onda de calor agravou o sofrimento dos presos palestinianos nas cadeias israelitas, sobretudo nas que estão localizadas no deserto e na costa, como Negev, Nafha, Ashkelon, Damon e Gilboa.
A acção recente dos guardas prisionais em Ofer ocorreu depois de Daoud Talaat Khatib ter falecido de ataque cardíaco naquele cárcere, quarta-feira passada. Khatib, da cidade de Belém (Margem Ocidental ocupada), foi preso pelas forças de ocupação israelitas em 2001 e condenado a 18 anos e oito meses de prisão.
Previa-se que fosse libertado a 4 de Dezembro deste ano, pelo que a sua morte, a poucos meses da libertação, gerou grande revolta entre os cerca de 850 prisioneiros palestinianos em Ofer, informa a PressTV.
Khatib tinha problemas de saúde há muito tempo e já sofrera um ataque cardíaco em 2017, refere a mesma fonte, acrescentando que «política de negligência médica das autoridades prisionais israelitas contribuiu para a deterioração do seu estado de saúde, até à morte».
A Comissão dos Assuntos dos Presos e ex-Presos Palestinianos estima que pelo menos 225 palestinianos tenham morrido em prisões israelitas desde 1967, quandos os israelitas ocuparam toda a Palestina histórica, incluindo a Margem Ocidental, Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza (de onde saíram, cercando-a, em 2005), bem como os Montes Golã sírios e a Península do Sinai (devolvida ao Egipto).
Israel pretende apoderar-se de sítio arqueológico na Cisjordânia ocupada
As autoridades israelitas declararam este sábado, num texto publicado em hebraico, que se apropriaram das ruínas bizantinas de Deir Samaan, localizadas a noroeste da localidade palestiniana de Kufr al-Dik, na província de Salfit, afirmou o governador da região, Abdullah Kmail.
A área visada, com 57 metros quadrados, está registada com a designação de sítio arqueológico de Khirbet Deir Samaan, informa o Palestinian Information Center, acrescentando que o local tem vindo a ser cercado por unidades habitacionais de colonatos e que nas terras das aldeias palestinianas de Deir Ballut e Kufr al-Dik foi colocado um sinal a indicar um novo colonato, chamado Leshem.
Deir Samaan, que data de há 1600 anos, é uma antiga aldeia bizantina localizada no cimo de uma colina com 350 metros de altitude, onde existe um sítio arqueológico.
As autoridades de ocupação israelitas nunca precisaram de desculpas para roubar terra aos palestinianos, mas o processo de ocupação e construção de colonatos tem-se intensificado, sobretudo após a divulgação do chamado «acordo do século» a meias entre Washington e Telavive.
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