De acordo com a imprensa asiática, a paralisação deve envolver entre 45 mil e 65 mil dos 85 mil trabalhadores filiados no Sindicato Coreano dos Trabalhadores Médicos e da Saúde (KHMU, na sigla em inglês).
Recentemente, o sindicato tinha anunciado que a greve, hoje iniciada, iria avante se o governo não respondesse de forma afirmativa às exigências dos trabalhadores e continuasse a ignorar as suas preocupações.
O KHMU acusa o governo do presidente Yoon Seok-yeol de não ter cumprido as promessas de reduzir o número de pacientes por enfermeiro, de expandir os serviços e as infra-estruturas de saúde, e de melhorar as condições laborais dos trabalhadores do sector.
Numa nota de imprensa recente, a organização sindical sublinhou que a paralisação visa defender as vidas e a saúde dos trabalhadores, bem como trazer à tona os problemas que afectam o sistema de saúde, com particular ênfase na falta de pessoal.
Segundo refere o portal de The Straits Times, a greve hoje iniciada no sector da Saúde sul-coreano, convocada pelo KHMU, é a primeira em 19 anos, depois de, em 2004, trabalhadores filiados no sindicato terem protestado em defesa da semana laboral de cinco dias.
A paralisação, que tem efeito hoje e amanhã, mas se pode prolongar por tempo indeterminado caso «o governo não altere a sua atitude irresponsável», goza de amplo apoio no sector, tendo em conta que, na votação realizada pela organização sindical, participaram 83% dos trabalhadores filiados e 92% votaram a favor da greve.
Os trabalhadores do sector da Saúde juntam forças, hoje e amanhã, à Confederação Sul-coreana de Sindicatos (KCTU, na sigla em inglês), central sindical que tem estado a promover uma greve, a nível nacional, desde 3 de Julho, que termina este sábado.
Durante a greve, a KTCU pediu a demissão do presidente Yoon Seok-yeol, afirmando que as políticas do seu governo conservador «normalizaram as más condições de trabalho e de vida da maioria da população».
«O presidente está a usar a autoridade que lhe foi outorgada pelo povo para oprimir os trabalhadores e destruir os rendimentos, a democracia e a paz», afirmou um dirigente da KCTU, citado pelo Peoples Dispatch.
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