|Crime Ambiental 

Negro legado de Bolsonaro também tem expressão no ambiente

Já no fim do mandato de Jair Bolsonaro, o mês de Dezembro regista um aumento de 150% na desflorestação da Amazónia brasileira, ou seja, 218,4 quilómetros quadrados de cobertura florestal destruída num só mês.

Uma foto divulgada pelo Greenpeace mostra fumo dos incêndios florestais no estado do Pará, Altamira, Brasil. 26 de Agosto de 2019.
CréditosVictor Moriyama

Imagens satélite são a prova do crime. Durante a governação de Jair Bolsonaro a Amazónia brasileira foi alvo de um claro crime ambiental e promovido, ao mesmo tempo que negado ou omitido, pelo ex-presidente do Brasil. 

Só no ano de 2022, a Amazónia brasileira perdeu em florestação o equivalente à extensão do Líbano, num total de 10.267 quilómeros de cobertura vegetal e o mês de Dezembro registou 218,4 quilómetros quadrados de cobertura florestal destruída num só mês.

O registo é feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais através do programa DETER, um programa que dá faz levantamento rápido de alertas de evidências de alteração da cobertura florestal de modo a dar apoio à fiscalização e controlo de desflorestação e da degradação florestal realizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. 

O aumento das desflorestação tem, assim, um conjunto vasto de impactos na vida dos brasileiros, em particular daqueles que vivem da agricultura. De acordo com uma investigação publicada na revista científica The Society for Conservation Biology, a desflorestação na Amazónia brasileira alterou os fluxos de chuvas das regiões Sul e Sudeste do Brasil. Desta forma, devido à alteração do ciclo hídrico as zonas em causa passam a ter maiores períodos de seca e chuvas demasiado intensas e concentradas afectando, assim, a actividade agrícola da região. 

Durante toda a sua governação, Jair Bolsonaro recolheu apoios de sectores ligados aos interesses da desflorestação da Amazónia, como o agronegócio, procurando criminalizar organizações ambientalistas que defendem a zona em questão e promovendo para ministro homens como Ricardo Salles que estão directamente ligado ao lobby da desflorestação.
 

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