Num acto solene comemorativo do bicentenário da Batalha de Ayacucho, autoridades civis e militares colocaram flores junto ao sarcófago de Simón Bolívar, no Conjunto Monumental do Panteão Nacional, em Caracas, e sublinharam a transcendência da contenda para a liberdade dos sul-americanos.
Acompanhado pelo ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, o alto comando da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), deputados e outros convidados, Diosdado Cabello disse esta segunda-feira que falar de Ayacucho é falar de Simón Bolívar, de Antonio José de Sucre, e da extraordinária relação surgida entre eles.
O também primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) afirmou que esses laços nasceram no calor das «lutas mais sentidas pela independência da pátria, das batalhas, das ideias, de sentir-se povos livres, submetidos por aqueles que se consideravam naquele tempo os donos do mundo: o império espanhol».
O político venezuelano recordou a presença em terras peruanas, há 50 anos, do então jovem alferes Hugo Chávez, bem como a carta que ali escreveu, a 9 de Dezembro de 1974, por ocasião dos 150 da contenda. Neste contexto, disse que «é injusto tentar diminuir as lutas independentistas».
Ayacucho, Chávez e as lutas de hoje
Cabello estabeleceu uma ligação explícita entre estas comemorações e o legado de Chávez, mostrando as lutas actuais como uma continuação dos processos de independência iniciados há dois séculos.
«Cada tentativa de recuperar os sonhos do Pai Bolívar era derrotada, até que em [19]98 chegou à Presidência um jovem de Sabaneta de Barinas [Chávez], e, com ele, levantaram-se os sonhos de Bolívar e de Sucre», afirmou Cabello na sessão comemorativa.
Neste sentido, o ministro do Interior destacou a consciência colectiva nascida nestes 25 anos de revolução, que vai para lá dos interesses particulares, bem como a fusão popular, militar e policial nas ruas, nas escolas, nos hospitais, nos quartéis e na vida quotidiana.
A mensagem do ministro Cabello, indica a TeleSur, centrou-se na responsabilidade que as actuais gerações têm de preservar os ideais de liberdade. Em seu entender, o objectivo fundamental é «garantir que a pátria que se entregar às gerações futuras continue a ser livre, soberana e independente», tal como sonharam Bolívar e Sucre há dois séculos.
«Se antes era Espanha, agora são os Estados Unidos e os seus aliados os que se julgam donos do mundo», disse Diosdado Cabello, frisando que não tem dúvidas de que os herdeiros de Sucre e Bolívar vão erguer a bandeira da liberdade, mesmo tendo pela frente «o império mais poderoso do mundo de todos os tempos».
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