As chaves da casa foram entregues pelo presidente venezuelano no complexo urbanístico Ezequiel Zamora, em Ciudad Tiuna (Caracas). O facto de a Grande Missão Habitação Venezuela ter chegado às 4 100 000 casas foi apontado pelo governante como um «marco».
Na ocasião, Maduro destacou a necessidade de apreciar o «esforço do trabalho nos bons e nos maus tempos», acrescentando que cada casa própria entregue às famílias cumpre a Constituição da República Bolivariana e dá segurança às crianças das novas gerações de venezuelanos.
«Com o bloco da consciência, o cimento do amor e a barra de aço da alma revolucionária, vamos construir Conselhos Comunais, Comunas, comunidades e manter belos os espaços públicos», frisou o chefe de Estado, citado pela TeleSur.
Referiu-se ainda ao facto de que os beneficiados com o programa, agora com novas casas em variadas comunidades por todo o território venezuelano, devem ser protagonistas de uma nova forma de vida em comunidade.
A marca foi atingida com a entrega de novas casas a famílias no estado de Anzoátegui, no âmbito do programa social conhecido como Gran Misión Vivienda Venezuela, criado por Chávez em 2011. As chaves da casa 4 000 000 da Grande Missão Habitação Venezuela foram entregues na quinta-feira passada à família Andarcia, cuja casa faz parte de um conjunto de 50 novas edificações construídas na Urbanização Bicentenário Batalha de Bomboná, no estado de Anzoátegui. Ali, disse o governador do estado, Luis José Marcano, «estão a ser criadas as condições para que haja uma comunidade tendo por base a consciência e a organização». Num contacto via satélite com o Palácio de Miraflores, em Caracas, Marcano referiu que «aqueles que hoje vivem nestas casas estiveram a trabalhar na sua construção», uma acção que reforça o esquema de autoconstrução do poder popular. No último dia do ano, o ministro venezuelano dos Negócios estrangeiros criticou a «vergonhosa manipulação mediática» que o seu país sofre. A acompanhar as festividades da passagem do dezanove para o vinte, não faltaram exemplos, nas nossas TV, de que, a nível internacional, a campanha de manipulação mediática está para durar. No último dia do ano passado, o ministro venezuelano dos Negócios estrangeiros, Jorge Arreaza, recorreu à sua conta oficial de Twitter para criticar a «vergonhosa manipulação mediática» que o seu país continua a sofrer, referindo-se em concreto às fake news (notícias falsas) que alguns órgãos de comunicação espanhóis e latino-americanos «se dedicam a publicar». Enquanto isso, silenciam esses e muitos outros «meios» o facto de a República Bolivariana da Venezuela – mesmo com as dificuldades resultantes «do bloqueio e da agressão» impostos por Washington e amigos – ter conseguido entregar a «casa 3 milhões», no âmbito do programa Grande Missão Habitação Venezuela, criado em 2011 pelo então presidente da República, Hugo Chávez, com o objectivo de enfrentar a abordagem especulativa e capitalista do sector privado ao direito à habitação, e, dessa forma, garantir a pessoas de baixos recursos uma casa digna e o acesso a serviços básicos. No dia 26 de Dezembro, 3 000 000 de casas entregues; até 2025, o objectivo é chegar a 5 000 000 – um marco histórico e uma vontade reafirmada pelas autoridades, que assumem maior relevância no contexto das dificuldades impostas ao país caribenho. Abafar os 3 000 000 de casas entregues e dizer, por exemplo, que Maduro quer os venezuelanos na pobreza é um quase-nada num ano de intensa campanha de ataque à Venezuela, desde que Guaidó se autoproclamou e houve TV e figurões (de cá também) a cobrir no local as «cenas» da extrema-direita e a dar voz aos seus porta-vozes; mas, como bem sabe o ministro e talvez saiba o leitor, a campanha não acabou. De resto, a acompanhar as festividades da passagem do dezanove para o vinte, não faltaram exemplos, nas nossas TV, de que, a nível internacional, a campanha de manipulação mediática está para durar. Até no regaço mais recôndito dos barrocos serranos, com as cavacas a arder e chaminés a fumegar, se viu o Burj Khalifa, que é enorme, fica no Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (EAU), e proporciona espectáculos de «luz e fogo». Os Emirados são uma maravilha, ao que parece, pelos vistos na TV – sobretudo quando nada nos contam do que há anos os Emirados são um dos principais intervenientes na guerra de agressão imperialista ao Iémen, contribuindo para a destruição do mais pobre dos países árabes e para gerar uma das maiores crises humanitárias de sempre. Recentemente, surgiram ainda informações relativas ao saque de peças arqueológicas do Iémen, em que os EAU têm assumido um papel destacado, segundo denúncias realizadas por um arqueólogo norte-americano. Mas, pelos vistos na TV, nada a apontar. Também em destaque nesta passagem esteve, nos ecrãs que levam as festas a planícies e montanhas, o «ataque à embaixada dos EUA no Iraque», em que «aquela gente» parecia desgovernada e sem norte, a insurgir-se contra a sede da «civilização mundial». A propósito, podiam os «meios» ter lembrado a protecção que os EUA deram, em Washington, à ocupação da embaixada da Venezuela, um Estado soberano. Mas não se foi por aí. A novela «Irão» deu logo-logo, mas sobre a ocupação do Iraque pelos EUA, que dura há 16 anos, tudo ficou por dizer, bem como sobre as ditas milícias «pró-Irão» – as Kata'ib Hezbollah –, que combatem o Daesh e foram atacadas pelos EUA. A partir de segunda-feira, temos nova edição do Paris – Dakar, que é na Arábia Saudita (acusada de violações de direitos humanos a nível nacional, de liderar a guerra atroz contra o Iémen e de financiar o terrorismo na Síria). Já há loas e há-de haver mais. O mesmo se passará com o Qatar e o «seu» mundial (de 2022). Pouco parece interessar à «imprensa» que a Síria continue a acusar esse país árabe de gastar milhões no apoio ao terrorismo. O que acima se refere é apenas uma ligeira amostra. Frente às grandes doses diárias de propagação do neoliberalismo, do imperialismo e do neocolonialismo nos vários quadrantes do mundo, a luta que aqui se trava continuará a ser anti-imperialista e pela soberania dos povos. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. O facto foi celebrado pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, sublinhando que o seu executivo foi o que «mais casas construiu per capita no planeta», apesar de os meios de comunicação social ocidentais o tentarem esconder. Só foi possível chegar a esta marca «lutando, trabalhando, acreditando e amando o país», declarou Maduro, destacando que esta estratégia, promovida pelo comandante Hugo Chávez em 2011, mostra que o socialismo bolivariano é possível, e que tanto em tempos de bonança como de dificuldades foram construídas casas, indica a TeleSur. «Vamos transformar toda a Venezuela; com a recuperação económica vamos fazer renascer o estado de bem-estar social bolivariano», disse o presidente venezuelano em Caracas, acrescentado que o país é «líder mundial ao nível do direito habitacional». Nicolás Maduro defendeu ainda a necessidade de entregar maior poder às comunas, de construir melhores urbanizações, de potenciar a agricultura urbana e as actividades económicas, entre outros aspectos. O programa Grande Missão Habitação Venezuela nasceu em Maio de 2011 por iniciativa do então presidente da República, Hugo Chávez, com o objectivo de enfrentar a abordagem especulativa e capitalista do sector privado ao direito à habitação, e, dessa forma, garantir a pessoas de baixos recursos uma casa digna e o acesso a serviços básicos. No dia 26 de Dezembro de 2019, a Gran Misión Vivienda Venezuela alcançou a meta dos três milhões de casas entregues, um marco histórico e de grande relevância no contexto das dificuldades impostas ao país caribenho, nomeadamente o cerco económico e financeiro de EUA e aliados. Agora, revelou Maduro, a meta é contruir mais 500 mil casa este ano, seguindo para o objectivo inicial de chegar aos cinco milhões de casas entregues em 2025. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Venezuela: quatro milhões de casas entregues ao povo e segue
Editorial|
Imperialismo, comunicação social e ano novo: festival garantido
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Em seu entender, a Gran Misión Vivienda Venezuela deve tornar-se expressão do socialismo, sendo vanguarda na construção de comunidades nas quais os venezuelanos exprimam a democracia participativa.
Na cerimónia de entrega participaram Cilia Flores, «primeira combatente» do chavismo e esposa de Nicolás Maduro, parte do executivo, bem como os cidadãos a quem foram atribuídas as casas número um, dois, três e quatro milhões.
Garantir o direito à habitação
O programa Grande Missão Habitação Venezuela nasceu em Maio de 2011 por iniciativa do então presidente da República, Hugo Chávez, com o objectivo de enfrentar a abordagem especulativa e capitalista do sector privado ao direito à habitação, e, dessa forma, garantir a pessoas de baixos recursos uma casa digna e o acesso a serviços básicos.
No dia 26 de Dezembro de 2019, o programa alcançou a meta dos três milhões de casas entregues e, no passado dia 7 de Abril, chegou aos quatro milhões, um marco histórico e de grande relevância no contexto das dificuldades impostas ao país caribenho, nomeadamente o cerco económico e financeiro de EUA e aliados.
Na sua conta de Twitter, a acompanhar um vídeo sobre a história da Gran Misión Vivienda Venezuela, Nicolás Maduro reafirma que a meta é chegar aos cinco milhões e, depois, seguir em frente.
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