Uma pessoa não identificada, que seguia de motorizada, lançou uma bomba para o interior da sede estadual do PCI (M), em Thiruvananthapuram, na noite de quinta-feira.
PK Sreemathi, membro do Comité Central do partido e antiga ministra, encontrava-se dentro do edifício conhecido como Centro AKG quando a explosão ocorreu, e, nas primeiras declarações à imprensa, disse que ouviu «um grande barulho», «como um edifício a desmoronar-se ou algo assim».
«Estava a ver as notícias na TV quando um som terrível nos abanou a todos. Quando olhámos pela janela, vimos o fumo a subir. O artefacto atingiu a entrada e explodiu ali; por isso, a tentativa falhou», acrescentou Sreemathi, citada pelo portal NewsClick.
Vijay Sakhare, director-geral adjunto da Polícia, disse à imprensa que as forças de segurança tinham obtido mais detalhes sobre o perpetrador do atentado contra o Centro AKG na capital de Kerala e que seria detido em breve.
Por seu lado, EP Jayarajan, ex-ministro e membro da Frente Democrática de Esquerda – liderada pelo PCI (M) e que governa actualmente o estado de Kerala –, acusou o partido do Congresso de estar envolvido no ataque, afirmando que este «não teria tido lugar sem o conhecimento dos dirigentes desse partido, tendo em conta as tácticas violentas e provocadoras que têm seguido recentemente».
Ministro-chefe alerta para «tentativa de provocação»
Na sexta-feira, o ministro-chefe de Kerala, Pinarayi Vijayan, visitou o local. Num comunicado posterior, condenou o ataque, que classificou como «uma tentativa de criar provocação e perturbar a paz».
«Exorto todos aqueles que amam o Partido e o movimento de esquerda a reconhecer os motivos por detrás do ataque e terem o cuidado de não cair em quaisquer provocações», disse ainda Vijayan.
Em sentido semelhante, pronunciou-se o Comité Central do partido, condenando o ataque e alertando os democratas para não caírem em provocações.
Por seu lado, o secretariado estadual do PCI (M) apelou à realização de mobilizações de massas em todo o estado.
«Houve esforços concertados, com o apoio de uma parte dos media, para unir todos os indivíduos e grupos que partilham sentimentos contra a esquerda no estado», denunciou numa nota, acrescentando que existem tentativas de «provocação a camaradas».
«Atacar sedes do partido, queimar bandeiras do partido, atacar o ministro-chefe num avião e atacar a sede estadual do partido fazem parte da mesma táctica», sublinhou o PCI (M).
Múltiplos protestos
Promovidos pelo PCI (M), a Federação Democrática da Juventude da Índia (DYFI), o Centro dos Sindicatos Indianos (CITU) e outras organizações de esquerda, houve concentrações e manifestações em vários pontos de Kerala.
Logo após o ataque, a DYFI reuniu centenas de jovens na capital, que desfilaram com palavras de ordem contra a violência.
Na sexta-feira, centenas de trabalhadores e jovens, bem como militantes e simpatizantes do PCI (M), realizaram dezenas de manifestações de protesto pelo estado, refere o NewsClick, tanto nas maiores cidades, como Thiruvananthapuram e Ernakulam, como em zonas rurais.
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