|El Salvador

Organizações salvadorenhas preparam novo grito de apoio à Palestina

Diversas organizações de El Salvador preparam um novo grito de solidariedade com o povo palestiniano para dia 29, enquanto os ataques israelitas contra Gaza continuam a fazer dezenas de mortos.

Zona destruída pelos bombardeamentos israelitas em Khan Younis, no Sul da Faixa de Gaza, a 22 de Novembro de 2023 
Créditos / PressTV

Por ocasião do Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestiniano, que se assinala a 29 de Novembro, várias organizações estão a promover um acto cultural solidário com o povo árabe, às 16h, na capital do país, San Salvador.

Segundo afirmaram, esperam que compareçam todos aqueles que condenam o massacre perpetrado por Israel contra a população palestiniana na Faixa de Gaza.

«Vem de branco, traz a tua bandeira e o teu Kuffieh», lê-se na convocatória lançada pela Asociación Salvadoreña Palestina (ASP) e a Unión Palestina de América Latina (UPAL).

Siman Khoury, dirigente da UPAL, disse à Prensa Latina que a actividade visa expressar solidariedade com a Palestina e denunciar a barbárie sionista contra milhares de crianças, mulheres e idosos assassinados pelas bombas.

Acrescentou que a iniciativa se afasta das ideologias políticas a nível interno em El Salvador.

No passado dia 11, a UPAL foi, juntamente com a Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN) e outras organizações, uma das organizações presentes numa mobilização em que tanto salvadorenhos como membros da comunidade árabe no país centro-americano fizeram ouvir as suas vozes em apoio à luta de resistência do povo palestiniano e pelo fim do genocídio israelita.

Numa data em que se assinalava o 34.º aniversário da grande ofensiva lançada pela FMLN contra o regime militar salvadorenho, dezenas de pessoas manifestaram a sua admiração pela «resistência palestiniana, em luta pela sua independência, uma terra que lhes permita viver em paz e tranquilidade».

Salvadorenhos e membros da comunidade árabe no país participam numa acção de solidariedade com a Palestina, a 11 de Novembro de 2023 / Prensa Latina

A 29 de Novembro de 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou a resolução 181 (II), conhecida como a «resolução da partição», que preconizava a partilha da Palestina em dois Estados – um judaico e um árabe – com um estatuto especial para Jerusalém.

O Estado judaico de Israel foi criado logo no ano seguinte, mas o palestiniano não. Nesse sentido, em 1977, «reconhecendo a falência dos processos desenvolvidos até então, a Assembleia Geral da ONU adoptou a resolução 32/40B que apelava à celebração do dia 29 de Novembro como o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo da Palestina».

Continua o massacre na Faixa de Gaza

Segundo refere a Al Jazeera, citando fontes oficiais israelitas, a trégua de quatro dias anunciada ontem e que, de acordo com diversos meios de comunicação, deveria ter início no espaço de 24 horas não será implementada antes de sexta-feira, estando ainda a ser negociados aspectos sobre o modo de entrega das pessoas capturadas pela ala militar do Hamas.

Representantes da ONU e de vários países, como o Brasil, a África do Sul ou o Irão, mostraram satisfação com o anúncio da «trégua temporária», mas insistindo na necessidade de conversações de paz e de um cessar-fogo permanente.

Nas últimas horas, as forças sionistas deram sequência aos bombardeamentos no enclave costeiro, destruindo mais zonas residenciais nos campos de refugiados de Nuseirat (Centro da Faixa de Gaza) e Jabalia (Norte), provocando dezenas de mortos e feridos, indica a agência Wafa.

Nos ataques contra Nuseirat, refere a fonte, foi morto o fotojornalista Mohammad Moin Ayyash, juntamente com vários membros da sua família, ao ser bombardeada a sua casa.

A agência dá ainda conta de ataques contra Deir al-Balah (Centro) e Bani Suhaila, Rafah e Khan Younis (Sul).

Entretanto, na Margem Ocidental ocupada, onde os ataques do Exército e dos colonos israelitas se têm intensificado, foram detidos esta madrugada pelo menos 76 palestinianos.

Desde 7 de Outubro, as forças de ocupação prenderam mais de 2000 palestinianos e mataram mais de 200 na Cisjordânia.

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