O Conselho Social da ALBA-TCP realizou esta terça-feira uma reunião especial, por videoconferência, destinada a coordenar esforços dos países-membros e a promover o intercâmbio de boas práticas relacionadas com o reforço dos sistemas públicos de saúde, bem como a garantir o acesso dos países do bloco aos tratamentos contra a Covid-19.
Tendo em conta os desafios colocados aos países da região pela pandemia, o mecanismo de integração regional decidiu criar um fundo humanitário para constituir um banco de vacinas e medicamentos, uma iniciativa que tinha surgido na cimeira de alto nivel do organismo realizada em meados de Dezembro último.
Neste sentido – informa a Prensa Latina –, o presidente do Banco da ALBA, Raúl Li Causi, anunciou a disponibilidade de linhas de financiamento na ordem dos dois milhões de dólares para promover projectos de saúde.
Numa fase inicial, a entidade financeira atribuirá um milhão de dólares aos estados insulares das Caraíbas Orientais que integram a ALBA-TCP, para que possam concluir negociações iniciadas com empresas e países visando a aquisição de vacinas contra a Covid-19.
Numa segunda etapa, a instituição bancária colocará um milhão de dólares à disposição do banco de vacinas e medicamentos, de modo a garantir o acesso a material médico e testes de diagnóstico, refere a agência cubana.
Para além disso, a Venezuela pôs à disposição do bloco a sua capacidade de produção com vista à criação de vacinas, além de coordenar a activação de uma ponte aérea através da linha nacional Conviasa para o transporte de antídotos, tratamentos, material médico e pessoal da saúde.
Reforçar cooperação e integração face ao neoliberalismo
No final do encontro, o ministro venezuelano dos Negócios Estrangeiros, Jorge Arreaza, instou os países a coordenarem as suas capacidades nacionais em prol do bem-estar dos povos latino-americanos e caribenhos.
Por seu lado, o secretário-executivo da ALBA-TCP, Sacha Llorenti, defendeu o reforço da integração e da cooperação na luta contra a pandemia, e questionou os mecanismos adoptados por um grupo de países para fazer frente à Covid-19, na medida em que prevaleceram atitudes ditadas pelo neoliberalismo e os interesses do mercado.
O diplomata bolviano alertou para a desigualdade no acesso às vacinas e lembrou que 95% das doses desenvolvidas para combater a doença do coronavírus estão nas mãos de uma dezena de países ricos.
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