O titular da pasta cubana dos Negócios Estrangeiros, Bruno Rodríguez, sublinhou esta quinta-feira que a administração liderada por Donald Trump dificulta o combate contra a pandemia, ao atacar países que practicam a solidariedade e a cooperação internacional.
Na sua conta de Twitter, Rodríguez considerou «lamentável» que, enquanto a doença ameaça a humanidade, Washington não ponha fim ao «ilegal sistema de medidas coercitivas unilaterais como o bloqueio a Cuba».
O ministro cubano reagiu desta forma à declaração do Departamento de Estado dos EUA, transmitida pela sua embaixada em Havana, que classificou a cooperação médica cubana como um «programa abusivo» e instou os países que recebem essa cooperação a rejeitá-la, apesar da pandemia provocada pelo coronavírus SARS-Cov-2.
Em simultâneo, Bruno Rodríguez destacou que Cuba «promove a paz, a saúde e a vida», acrescentando que o país está «orgulhoso dos profissionais da saúde que, em distintos recantos do mundo, se juntam à luta contra a Covid-19». Eles «encarnam a vocação humanista e solidária da Revolução cubana», frisou Rodríguez.
Em menos de 15 dias, o país caribenho enviou 11 brigadas médicas para combater a pandemia. Venezuela, Nicarágua, Suriname, Itália, Granada, Jamaica, Belize, Antígua e Barbuda, São Vicente e Granadinas, Dominica e Santa Lúcia são os países que receberam a cooperação cubana, revelou Eugenio Martínez, responsável para a América Latina e Caraíbas do Ministério cubano dos Negócios Estrangeiros.
«Cuba é modelo e esperança»
Numa entrevista à Prensa Latina, o académico indiano Surendra Singh Nagi afirmou que, em tempos de Covid-19, «Cuba é o modelo» e a «esperança que os povos querem para enfrentar a pandemia».
«No final de 2020, o coronavírus SARS-Cov-2 vai fazer com que as pessoas entendam cada vez mais que o capitalismo como sistema económico realmente fracassou e não é um sistema realmente apto para os seres humanos», acrescentou o professor.
Com o capitalismo na sua forma actual de «neoliberalismo cru e desumano», chegou-se a um momento em que «as pessoas percebem claramente por que razão em todos esses países com economias e estruturas supostamente avançadas as pessoas morrem em tão grande número», defendeu Nagi.
Para este académico indiano, dentro de meses, um ano ou dois anos vai haver «transformações radicais a nível cultural, social e político». Registar-se-ão também «alterações na geopolítica devido ao novo coronavírus», disse à Prensa Latina Singh Nagi, que acredita que várias gerações irão aprender lições com os episódios que nos deixam o «momento histórico» que vivemos.
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