O Partido do Trabalho da Bélgica (PTB/PDVA) intensificou a campanha que lançou para conseguir a redução do IVA na energia dos actuais 21% para 6%.
De acordo com os dados disponíveis no seu portal, mais de 290 mil pessoas assinaram a petição em que se afirma essa exigência. O objectivo é reunir 300 mil assinaturas e, para esse efeito, na semana passada o PTB organizou acções de rua.
Ao intervir na Câmara dos Representantes do Parlamento Federal belga, no passado dia 22 de Dezembro, Raoul Hedebouw, presidente do PTB, acusou o Partido Socialista (PS) de ter um «discurso duplo», na medida em que o mesmo PS que tinha procurado uma redução do IVA na energia nos moldes apresentados pelo PTB há um ano se opõe agora a essa redução, revela o Peoples Dispatch.
Hedebouw criticou ainda o primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, por ter defendido um IVA mais elevado na energia. Segundo os partidos da coligação que sustenta o governo de De Croo, a redução do IVA seria benéfica para os mais ricos e teria impactos negativos na redução das emissões de CO2, nos orçamentos e nos salários.
O PTB defendeu que a maioria das famílias da classe trabalhadora do país gasta uma grande parte dos seus rendimentos em facturas de energia e propôs que as perdas devidas à redução do IVA sobre o gás e a electricidade fossem compensadas por um imposto sobre os lucros das multinacionais do sector da energia.
Na campanha pela redução do IVA para 6%, o PTB afirma que «a energia é um bem essencial. Aquecermo-nos no Inverno não é comer caviar ou beber champanhe. No entanto, ao gás e à electricidade é aplicado o mesmo imposto que aos artigos de luxo, com um IVA de 21%».
«Os preços estão a disparar, mas os nossos governos não estão a fazer nada. A energia torna-se impagável. Reduzir o IVA para 6% diminuiria imediatamente a factura em mais de 340 euros. Porque espera o governo?», alerta o PTB no seu portal.
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