A manifestação, promovida pela organização nacional que os reúne, Onajpu, teve lugar no centro da capital uruguaia e dirigiu-se para o Ministério da Economia e Finanças, que os reformados, tal como outras camadas da população, criticam pelas políticas de cortes que leva a efeito, nomeadamente nas despesas sociais.
Sob o lema «Pelos nossos direitos e dignidade, aumento das reformas e pensões contra a carestia», os manifestantes denunciaram a actual situação económica e rejeitaram a atitude do governo de Lacalle Pou, que prometeu aumentar as pensões em 3% a partir de Agosto.
No entanto, para os pensionistas esse aumento é insuficiente, tendo em conta a perda de poder de compra e os cortes já anunciados pelo executivo, refere a TeleSur.
Em declarações à imprensa, o secretário-geral da Onajpu, Daniel Baldassari, recordou precisamente os dois anos consecutivos de perda de poder de compra e considerou insuficiente o aumento decretado pelo governo.
Além disso, lembrou que existe uma situação de crise e que «não se pode dizer às pessoas que vão ser aumentadas dentro de três meses e meio». Há «urgências agora e fazerem-nos esperar não é levar em conta a nossa condição».
Denunciou ainda que há pessoas a viver no país com pensões e reformas de sobrevivência de 390 dólares, quando certas camadas da sociedade concentram uma riqueza enorme e não perdem salário real.
A plataforma reivindicativa estabelecida pela Onajpu reclama a recuperação do valor das reformas e pensões de acordo com inflação, bem como a continuidade da Operação Milagre, que permitiu ajudar mais de 100 mil uruguaios de baixos rendimentos com problemas de carácter oftalmológico, indica a Prensa Latina.
Defende igualmente um plano habitacional para esta camada etária, gás a preços subvencionados e a continuidade e o alargamento do Sistema Nacional de Cuidados (programa para pessoas com mais de 65 anos).
Mostra-se também contrária ao projecto do governo de reforma da Segurança Social, que pretende alterar a idade da reforma e privatizar o sistema.
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