Os espanhóis voltaram a dizer não a PP e PSOE na segunda chamada às urnas em seis meses. Se os Populares conseguiram mais votos face a Dezembro de 2015, o resultado de hoje comparado com o de 2011, o que justifica a presidência do Governo de Mariano Rajoy, mostra uma perda superior a 10 pontos percentuais, 3 milhões de votos e quase 50 deputados. Já o PSOE segue a tendência de perda e, apesar de segurar a sua expressão eleitoral, perde 5 deputados. Face às eleições gerais de 2011, os dois partidos perdem 4,6 milhões de votos e 75 deputados.
Estes resultados confirmam a penalização dos partidos que governam o país desde 1982. A tendência repete-se depois de se já ter verificado em vários países da Europa, em relação a partidos que governaram de forma alinhada com a União Europeia, retirando direitos sociais e laborais.
As candidaturas do Podemos com a Esquerda Unida e outras forças manteve o número de deputados eleitos em Dezembro. Apesar de não se ter materializado a expectativa criada nas últimas sondagens, estas mantêm-se como forças determinantes à esquerda.
Resultados finais (99,91% apurados)
Partido Popular (PP): 33%, 137 deputados
Partido Socialista (PSOE): 22,7%, 85 deputados
Unidos Podemos (IU+Podemos): 21,1%, 71 deputados
Cidadãos (C's): 13%, 32 deputados
Esquerda Republicana da Catalunha (ERC): 2,6%, 9 deputados
Convergência Democrática da Catalunha (CDC): 2%, 8 deputados
Partido Nacionalista Basco (PNV): 1,2%, 5 deputados
Bildu (País Basco): 0,8%, 2 deputados
Coligação Canária (CC): 0,3%, 1 deputado
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