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A solidariedade com a Palestina será mais forte que o boicote israelita

Após semanas de imposições forçadas, os organizadores da Flotilha da Liberdade apelam à solidariedade internacional e retomam os trabalhos para levar mantimentos até Gaza.

Embarcação Akdeniz no porto em Istambul, 15 de Abril de 2024. 
Créditos / ERDEM SAHIN (EFE)

As últimas semanas no porto de Istambul (Turquia) foram turbulentas. Desde o início de Abril, a delegação humanitária intitulada Flotilha da Liberdade tem-se preparado para zarpar com mais de 5500 toneladas de alimentos e medicamentos para a Faixa de Gaza. Até então, a iniciativa internacional contava com mil voluntários de cerca de 30 países.

Entretanto, a pressão de Israel conseguiu impedir a saída dos barcos. Ao longo dos últimos dias de Abril, a organização passou a denunciar as estranhas e improváveis barreiras impostas à documentação da frota, como a vistoria inesperada e a remoção da bandeira da principal embarcação.

O Akdeniz, barco líder da delegação, que até então navegava com a bandeira da Guiné-Bissau, teve a mesma retirada por pressão de Israel ao país africano. Esta medida impediu a saída da Flotilha da Liberdade no dia 26 de Abril, como era previsto.

Os organizadores tiveram de desmobilizar os voluntários e reorganizar os trabalhos. O activista pela Palestina Thiago Ávila afirmou nas suas redes sociais que as questões de bandeira já foram resolvidas, sem divulgar por que Estado o Akdeniz navegará a partir de agora. O brasileiro, que passou o último mês em Istambul para integrar a missão, volta agora a casa para promover o que espera ser uma «delegação brasileira». Ele está neste momento a angariar fundos e voluntários online.

Este é apenas mais um dos recorrentes ataques que a Flotilha da Liberdade enfrenta desde o início do cerco a Gaza, há 17 anos. A abordagem israelita mais agressiva teve lugar em 2010, quando embarcações da mesma organização foram interceptadas em águas internacionais, após um confronto iniciado pela unidade Shayetet 13, da Marinha de Israel, que matou pelo menos nove pessoas e feriu outras 60.

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